segunda-feira, 27 de junho de 2011

A história da internet - vendas virtuais

BARTH, Tânia Aparecida Neves.
Capítulo da dissertação do trabalho de conclusão de curso de Especialista em Gestão de Comunicação e Marketing. Florianópolis, 2011.

A história da internet é, no mínimo, curiosa. Tecnologia desenvolvida em 1969 pela empresa ARPA – Advanced Research and Projects Agency para ser utilizada exclusivamente pelas Forças Armadas Americanas na época da Guerra Fria, recebeu, inicialmente, o nome de Arpanet. O objetivo era proteger o sistema de comunicação, já que ele era concentrado no Pentágono, um possível alvo da União Soviética. Com a Arpanet, cabos subterrâneos viabilizavam uma rede de comunicação que não se encontrava num ponto específico, tornando, desta forma, praticamente impossível que um ataque inimigo destruísse o contato entre os centros de pesquisa e as bases militares. No entanto, com o final da Guerra Fria, nos anos 1970, essa tecnologia foi liberada para os cientistas e, consequentemente, ganhou os espaços acadêmicos. Em 1975 havia cem sites e no final da década de 1970 a internet, como é conhecida hoje, foi se espalhando pelo mundo e se popularizando rapidamente, exigindo adaptações em seu protocolo de comunicação.

Somente em 1991 a internet foi introduzida no Brasil, através de uma operação acadêmica do Ministério da Comunicação e Energia. Em 1995 ela foi liberada no país para exploração comercial da iniciativa privada. Note-se, portanto, que essa tecnologia é relativamente nova em terras brasileiras. A grande e crescente disponibilidade de informações na web, facilitando a vida de pesquisadores, é a causa de seu enorme crescimento no Brasil. No entanto, houve uma importante evolução no que diz respeito à utilização dessa ferramenta de comunicação, como por exemplo, as redes sociais e o comércio virtual. Este introduziu uma nova forma de vender produtos e serviços, fazendo surgir, portanto, um novo tipo de público: o consumidor online. O número de consumidores que compram por internet é cada vez maior, o que levou ao surgimento de empresas especializadas em desenvolvimento de novas modalidades de estratégias de marketing e de comunicação com esse público, cada vez mais segmentado. Os sites foram as ferramentas de visibilidade de produtos e serviços mais utilizadas, no entanto o crescimento de redes sociais resultou num consumidor com voz ativa e um mercado bastante segmentado. A comunicação virtual chegou a todos os segmentos da sociedade, a todas as faixas etárias. O consumidor passou a ter um canal para expressar seus desejos, necessidades e opiniões. O e-commerce foi adotado no Brasil há apenas uma década e nesse período passou por diversas etapas. Empresas com novas propostas de vendas virtuais surgiram e, atualmente, o site Peixe Urbano tornou-se uma febre com uma novidade trazida dos Estados Unidos: a compra coletiva.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Nós Pega o Peixe"

BARTH, Tânia Aparecida Neves.
Artigo publicado no jornal Diário Catarinense, Caderno: Cultura, Florianópolis, 04 de junho de 2011.


A língua portuguesa falada no Brasil dormia em berço esplêndido, até a divulgação do Novo Acordo Ortográfico. As mudanças ortográficas provocaram críticas e elogios, mas, principalmente, fizeram com que as pessoas se dessem conta de que já tinham esquecido muitas das regras gramaticais, mesmo aquelas que não eram referidas no acordo. Ia-se escrevendo “por osmose”, utilizando as vagas lembranças das aulas do ensino fundamental e médio. Digo “vagas lembranças” porque, como professora, posso afirmar que muitos jovens, com algumas exceções, saem do ensino médio sem condições de se expressarem bem numa simples redação. Muitos, inclusive, apesar de saberem ler, não conseguem interpretar o que leem.
A internet tem sido apontada como grande inimiga de nosso idioma, mas não é bem assim. Ela é mais uma plataforma de comunicação; quem sabe escrever, escreve corretamente em qualquer plataforma. O “internetês” pode ser utilizado nas conversas rápidas com os amigos via internet, mas na hora de se fazer uma redação para vestibular, por exemplo, obviamente é a linguagem formal que será utilizada. Uma coisa não exclui a outra. Quando a escola, que é o local onde aprendemos as regras que regem a expressão escrita de nosso idioma nativo, cumpre a sua função, não será a internet que nos tirará o conhecimento adquirido.
Essa conversa nos leva, irremediavelmente, à tão controversa cartilha Por uma Vida Melhor, escrita pela professora Heloísa Ramos e distribuída pelo MEC a 4.236 escolas da rede pública, na qual a autora configura o idioma como fator de preconceito social e afirma que a frase “Nós pega o peixe” está correta, pois é considerada “norma popular”. Na verdade, a linguagem popular - ou coloquial - não prevê normas, pois varia de acordo com o contexto social e regional. A frase publicada no livro da professora Heloísa, que diz: "A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio", nos dá uma dimensão da precariedade da visão do Estado em relação ao ensino da língua portuguesa no Brasil. Diga-se, de passagem, que a verdadeira classe dominante no país, hoje, é a classe política; afinal, que cidadão brasileiro consegue construir fortunas que garantam vida abastada a várias gerações de herdeiros, sem produzir absolutamente nada?
O idioma, assim como a moda, a música, além de outras formas de expressão, são considerados aspectos da cultura de um povo. Argumentar que o acesso à escolaridade e o conhecimento da norma culta são fatores de preconceito social e conflito de classes é como dar um tiro no pé. Entendo que todos os cidadãos devem buscar o “prestígio”, pois a ideia é que todos possam, através da educação, alcançar sucesso profissional e social. No entanto, como conseguir ascensão social e profissional falando “Nós pega o peixe”?
Na realidade, o caminho a ser feito é o inverso. Verificamos, com abundância, falhas gramaticais em comerciais de TV, folhetos de propaganda, revistas, jornais, livros, artigos científicos, websites... possuo uma coleção e não dou conta de juntar mais material de estudo. O brasileiro precisa de aproximação com seu idioma. Há um mito de que o Português não é fácil, mas, o que dizer do Alemão, Japonês ou Mandarim? Muitos brasileiros estudam e aprendem tais idiomas, basta observar o grande número de escolas de línguas estrangeiras existentes no Brasil.
O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein escreveu: “Os limites de minha linguagem são também os limites do meu pensamento”. Considero esta frase um resumo exato sobre a importância da capacidade de expressão através das palavras. Aquele que não tem conhecimento do uso das palavras não tem ferramentas para expressar seus pensamentos, portanto, encontra dificuldade para exigir seus direitos, defender suas ideias, divulgar seus conhecimentos, enfim, é facilmente manipulado e tolhido em sua cidadania.
Admito que os livros sobre regras gramaticais são, em geral, densos e parecem destinados àqueles que já são estudiosos do idioma. Após alguns anos lecionando somente para adultos, pude detectar onde estão as maiores dificuldades encontradas na utilização das regras gramaticais, como o uso da vírgula, da crase, dos pronomes relativos, concordância e regência. Nos trabalhos de revisão que executo, onde corrijo livros, monografias e teses, essas dificuldades ficam mais evidentes. Existe muito esforço para se colocar as ideias de forma coerente no papel. Passei a oferecer cursos para acadêmicos e profissionais que desejam relembrar alguns aspectos gramaticais e atualizarem-se em relação à reforma ortográfica. O mercado de trabalho tornou-se mais exigente, no que diz respeito à linguagem, o que, felizmente, está levando muitos profissionais a buscarem o aperfeiçoamento da expressão escrita e verbal. Além dos cursos, lancei, em 2010, o livro Português Facilitado, onde procuro abordar a gramática de forma simples e, como o próprio nome diz, facilitada. A língua portuguesa é um aspecto importante de nossa cultura; é bonita, musical e merece ser tratada com carinho.

Professora Tânia Neves
www.professoratanianeves.com.br

segunda-feira, 25 de abril de 2011

CURSO PORTUGUÊS EXTENSIVO

VI – PORTUGUÊS EXTENSIVO

A quem se destina: Profissionais de todos os níveis que desejam se atualizar na língua portuguesa, candidatos em concursos e estudantes em geral.

Tópicos abordados: Revisão geral da gramática da língua portuguesa (Fonética, morfologia, sintaxe e estilística)

Carga horária: 100 horas/aula (dois dias da semana, quatro horas de aula por dia – ou a combinar)

Duração: Aproximadamente três meses

Inclui material didático: Apostila de conteúdos e exercícios

Curso Divulgação e Marketing para Pequenas Empresas

V – DIVULGAÇÃO E MARKETING PARA PEQUENAS EMPRESAS – DIVULGAÇÃO INTELIGENTE

A quem se destina: Proprietários de pequenas e médias empresas

Tópicos abordados: Analisando seu produto; identificando seu público; formas de comunicação; a verba de marketing; otimizando a divulgação; fidelização.

Carga horária: 08 horas/aula

Inclui material didático: Apostila de conteúdos

Curso Nova Ortografia

IV – NOVA ORTOGRAFIA

A quem se destina: Profissionais com ensino médio ou superior

Tópicos abordados: Novas regras ortográficas da língua portuguesa

Carga horária: 4 horas/aula

Inclui material didático: Apostila de conteúdos.

Curso de Redação

II – REDAÇÃO

A quem se destina: Profissionais com nível médio e superior

Tópicos abordados:

•Relembrando as principais regras gramaticais(regência,concordância,pontuação e acentuação – de acordo com a nova ortografia);

•Elementos de coesão;

•Vícios de linguagem;

•Técnicas de elaboração de um texto;

•Como escrever textos claros e objetivos;

•Diferentes tipos de textos e documentos empresariais (memorando, carta, declaração, relatório, ata, correio eletrônico, circular)

Carga horária: 15 horas/aula

Inclui material didático: Apostila de conteúdos e exercícios.

CURSO DE RECICLAGEM GRAMATICAL

I – RECICLAGEM GRAMATICAL

A quem se destina: profissionais com nível de ensino médio ou superior

Tópicos abordados: Regência, concordância, vírgula, crase, acentuação, pontuação, erros mais comuns (porque, verbo haver, fazer, ao invés de...), nova ortografia.

Carga horária: 15 horas/aula

Inclui material didático: apostila de conteúdos e exercícios.