EDUCADOR, QUE SEMENTE VOCÊ ESTÁ PLANTANDO?
(Tânia Neves)
Ultimamente, tem-se discutido muito a respeito do papel do educador (tanto do professor quanto do pedagogo), isso porque há uma controvérsia séria entre pais e educadores.
Por um lado, os pais não concordam com a forte interferência que o Estado (Governo) tem feito na educação, inserindo programas político-partidários e material didático controverso nas disciplinas da Educação Básica, Ensino Médio e até mesmo nas universidades federais.
Por outro lado, os responsáveis pela educação no Brasil argumentam que o Estado (Governo) deve tomar para si a educação, de modo a direcionar e conduzir o que será ensinado nas escolas, mesmo que vá contra os princípios das famílias dos estudantes.
A questão, na verdade, é: qual é a função da escola e do educador? Uma sociedade livre e desenvolvida é feita de cidadãos com capacidade de raciocinar de modo crítico e livre a respeito das questões que envolvem sua vida. Desse modo, a escola deveria ser o local que proporciona aos aprendizes, não só informação, mas formação, no sentido de ampliar sua visão de mundo.
O Estado, sendo por força um organismo político-partidário, deve atuar apenas como regulador na educação. O papel do educador não é doutrinar e formar adeptos políticos, mas ajudar aqueles que estão em formação a desenvolver senso crítico. Para isso, o educador exerce o papel de mediador de conhecimento (de forma imparcial), de modo a levar o aluno a ver todos os lados de uma situação para que possa chegar a conclusões próprias, baseadas em seus próprios princípios e valores.
O educador não trabalha para nenhum governo, pois os governos mudam. O que fica para o futuro é a sociedade que o educador forma, portanto, o educador é aquele profissional que planta as sementes de uma sociedade. O resultado que se verá no futuro depende da qualidade da semente que foi plantada.
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