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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Nossa língua portuguesa
Hoje tive uma grata surpresa. Em 2011 escrevi um artigo para o jornal Diário Catarinense (Florianópolis), comentando sobre a absurda cartilha distribuída nas escolas públicas, na qual a língua portuguesa foi desrespeitada como patrimônio cultural de nosso país, como se, de repente, alguns "gênios" improvisados pudessem distorcer o correto uso do idioma falado por 200 milhões de habitantes, transformando-a numa ferramenta de conversa de boteco. Obviamente não estou me referindo às variantes linguísticas, nem à comunicação oral, que pertence a outra seara. Refiro-me à comunicação escrita, aquela que transmite os conhecimentos, descobertas e cultura de um povo e que deve ser respeitada e preservada. Bem... a minha grata surpresa foi a descoberta de uma citação à minha pessoa, feita pelo jornalista Léo, autor do blog Espaço Cidadão, que também comenta o mesmo assunto. Para aqueles que acharem interessante, clique no título do artigo para lê-lo: Ripada, pele e cabelo.
domingo, 1 de julho de 2012
Tipos de Textos para Ensino de Português LE
1. A
IMPORTÂNCIA DA AQUISIÇÃO DE IDIOMA ESTRANGEIRO
A procura por cursos de língua
estrangeira tem crescido em todos os países do mundo. Esse fenômeno é causado
por alguns motivos ligados ao desenvolvimento econômico dos países em
desenvolvimento, à globalização e, por outro lado, à crise econômica que tem
atingido os países mais desenvolvidos. Estudar inglês continua sendo
imperativo, é o mínimo que se exige no mercado de trabalho especializado, no
entanto, o domínio de outros idiomas passou a ser requisitado e pode ser
decisivo no momento da contratação. Com as mudanças ocorridas no cenário da
economia mundial, os idiomas falados em países emergentes passaram a ser
considerados relevantes, como o Português e o Mandarim, por exemplo. No Brasil,
o grande número de empresas multinacionais alemãs torna interessante que também
se adquira conhecimento do idioma daquele país.
2. PERFIL
DO ATUAL ESTUDANTE DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Até o início do século XX, o
domínio de uma língua estrangeira – em geral o Inglês – era considerado um luxo
exclusivo das classes privilegiadas. No entanto, com o advento da globalização
e o acesso à internet as classes menos favorecidas passaram a ter mais acesso
ao contato com outras culturas. Transformações no cenário político e econômico
mundial provocaram uma mudança no que diz respeito às exigências do mercado de
trabalho. Desta forma, o atual estudante de línguas estrangeiras possui
objetivos bem claros no que diz respeito à aquisição de outros idiomas. Quando
ocorre a crise econômica, como acontece atualmente na Europa e Estados Unidos,
os jovens, normalmente aqueles recém-formados, consideram a possibilidade de
buscar trabalho em países emergentes, onde há grande oferta de vagas para
profissionais qualificados e não há esse tipo de mão de obra disponível em número
suficiente para atender à demanda. Ocorre ainda que atualmente há mais
facilidade de intercâmbio de estudantes, principalmente nos cursos de
pós-graduação, o que seria uma porta de entrada para o mercado de trabalho em
outro país. No entanto, a competição é cada vez maior, assim como as exigências
em relação às competências e à qualificação profissional. Não basta que o
candidato domine as regras gramaticais do idioma, é importante que ele tenha
conhecimentos sobre os aspectos culturais, sociais e geográficos do país no
qual pretende trabalhar ou estudar para que seja possível uma inserção e
interação mais rápida do profissional ou do estudante. Outra característica
marcante é que o estudante atual de idiomas tem procurado estudar mais de um
idioma simultaneamente, devido à necessidade de economizar tempo na busca pela
afirmação profissional.
3. AS
EXIGÊNCIAS COMUNICATIVAS DO ALUNO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Conforme demonstrado através da
pesquisa realizada com 50 estudantes de língua estrangeira na Universitá degli
Studi di Firenze, Departamento de Linguística; com alunos do Centro di Cultura
per Stragnieri (Firenze) e com meus alunos de aulas privadas, a motivação para
a busca de aprendizado de um idioma LE tem sido relacionada à busca de trabalho
em países com maior oferta de emprego. Desta forma, muitos estudantes têm como
objetivo a mudança para outros países e, portanto, a inserção na sua cultura,
situação bastante diversa do perfil geral do estudante de anos atrás, que
pretendia tornar-se professor de LE em seu próprio país ou, ainda, exercer a
profissão de tradutor. O objetivo de aprender uma língua estrangeira, então,
não era vinculado à emigração.
Considerando essa nova situação
mundial, a pesquisa efetuada propôs cinco questões relacionadas às exigências
comunicativas dos atuais estudantes de língua estrangeira, apresentando opções
referentes às suas prioridades no aprendizado, o nível de dificuldade considerado
em relação às competências (falar, ler, escrever), opiniões sobre a eficiência
de materiais didáticos normalmente utilizados em sala de aula, o nível de
interesse em relação aos diferentes tipos de conteúdos textuais e às dinâmicas
utilizadas em aula. A pesquisa demonstrou que a prioridade dos estudantes em
relação ao idioma LE é a conversação, visto que possibilita a comunicação
imediata na língua estrangeira. O conhecimento sobre a cultura relacionada ao
país falante do idioma estudado aparece em segundo lugar, o que demonstra que
esse aspecto é considerado importante para a inserção do estudante nos hábitos,
costumes e modo de vida dos falantes do idioma estrangeiro. O conhecimento
gramatical aparece em terceiro lugar, mas com nível de interesse muito próximo
à aquisição da cultura. No que se refere ao nível de dificuldade no
aprendizado, os estudantes afirmam que consideram mais difícil aprender a falar
o idioma LE, ou seja, a aquisição de léxico e a correta forma de expressar as
palavras nas diferentes situações que se apresentam, pois uma mesma palavra
pode ter vários significados e não ser adequada a uma determinada situação ou
região; em segundo lugar no nível de dificuldade de aprendizado está a escrita e
em terceiro, considerada menos difícil, a leitura.
4. A
UTILIZAÇÃO DE TEXTO PARA O ENSINO DE LE.
Há, nos livros didáticos de
língua estrangeira, uma deficiência no que diz respeito à qualidade dos textos
apresentados, levando o professor a procurar material em jornais, revistas ou
internet, de forma a elaborar um material de apoio na utilização de textos para
leitura em sala de aula. Alguns aspectos da seleção desse material são
importantes e nos levam à reflexão, visto que há certa dificuldade, diante da
imensa variedade que se apresenta, em determinar os tipos, os gêneros textuais
e, principalmente, como utilizá-los de forma produtiva no ensino de LE. A ideia
é evitar aquilo que Geraldi (1997) chama de “simulacro”, ou seja, a leitura do
texto apenas com o objetivo de responder às questões formuladas que conduzem,
muitas vezes, a uma interpretação induzida.
4.1 Em relação aos tipos
textuais, a escolha dos textos pode ser motivada pela sua utilização na
abordagem linguística, como por exemplo:
a) Texto
descritivo: utilização de verbos que indiquem estado, e não ação; utilização de
verbos nos tempos indicativo presente e imperfeito; formação de plural e
concordância entre substantivo e adjetivo.
b) Texto
narrativo: utilização dos verbos nos modos indicativo e subjuntivo, tempos
presente, passado e futuro; uso dos verbos no condicional e imperfeito,
utilização dos verbos que representam ação; utilização de diferentes pessoas do
discurso (primeira ou terceira); vozes do discurso.
c) Texto
expositivo: formulação de frases na voz passiva, como estratégia para torná-la
impessoal; expressão objetiva de ideias com utilização de adjetivos não
valorativos; aquisição de vocabulário especializado; utilização de verbos sem
valor temporal.
4.2 Em relação aos gêneros
textuais, há a possibilidade de se trabalhar a comunicação em diversas
situações sociais, proporcionando ao estudante uma compreensão maior sobre as
formas de agir, de viver e de se relacionar, no que diz respeito à cultura e à
história do país de origem da LE.
Pode-se desenvolver a capacidade comunicativa de forma funcional,
subordinando as regras gramaticais à prática quotidiana. Alguns exemplos de
utilização dos gêneros textuais para o desenvolvimento da capacidade
comunicativa do aluno LE:
a) Carta
do Leitor: são espaços destinados aos leitores de jornais e revistas no Brasil,
no qual ele pode expressar sua opinião sobre matérias jornalísticas publicadas
em edições anteriores. Esse gênero textual pode ser utilizado para análise de
formas de expressão e de vocabulários utilizados pelos leitores, inclusive
fazendo-se um paralelo com a linguagem jornalística da matéria em questão.
Presta-se, também, a levantar questões atuais que são expostas nos conteúdos
das matérias.
b) Publicidade:
uma imagem publicitária, sem texto escrito, pode ser bastante interessante como
material didático. Além da interpretação da mensagem pretendida pela
publicidade, com discussão sobre sua eficiência ou não, pode-se propor o
exercício de descrição da imagem.
c) Boletos
de água, luz, telefone, aquecimento: além da oportunidade de se trabalhar as
unidades de medida, valores de serviços praticados e taxas de impostos,
podem-se levantar questões como o custo de vida e a preservação do
meio-ambiente, por exemplo.
d) Bilhetes
de cinema, metro, teatro: esse tipo de material pode ser utilizado para a
produção de resumo de filmes ou peças de teatro, bem como elaborar indicações
de “como chegar”, simulando encontros marcados e utilizando mapas da cidade.
e) Receitas
gastronômicas: ótimo material para tratar do uso do imperativo e para levantar
a questão da cultura gastronômica, aquisição de léxico relacionado a alimentos
e produtos vendidos em supermercados etc.
f) Campanhas
educativas: leitura de imagens de outdoors
de campanha educativa no trânsito, por exemplo. Material interessante para
exercitar a forma de comunicação e de educação dirigida à sociedade, além da
possibilidade de se discutir questões sociais referentes ao país de origem da
LE.
Existem, ainda, os textos
utilizados no mundo virtual e eletrônico, como e.mail, redes sociais e SMS que
têm sido cada vez mais incorporados como material didático em sala de aula,
pois certamente fazem parte do quotidiano nos mais diversos países do mundo e
possuem uma forma comunicativa específica.
Com relação a essas novas
modalidades comunicativas, é importante ressaltar que, embora o e.mail tenha
substituído a carta em diversas situações, ela não deixou de existir. Desta
forma, é importante que o docente trace um paralelo entre esses dois formatos
de plataforma, bem como as diferentes formas de expressão que diferenciam uma
comunicação na rede virtual e um relatório, um comunicado ou uma petição. Mais
ainda, é importante para aqueles estudantes de níveis mais avançados e voltados
ao estudo de LE para negócios, a prática de exercícios sobre as diferentes
linguagens virtuais: corporativas e pessoais.
A aquisição de uma língua
estrangeira, como se pode verificar, pressupõe atualmente, além do aprendizado
das regras gramaticais, a aquisição de conhecimentos do sistema de valores e
convenções que constituem uma sociedade, bem como sua organização social e
política. Desta forma, o estudante pretende compreender o comportamento da
sociedade do país de origem da LE, utilizando a linguagem para interagir em um
contexto cultural diverso no qual pretende se inserir.
Bibliografia:
BAKHTIN, Mikhail. Estética da
Criação Verbal. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
CEREJA, William Roberto e
MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção textual
a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual. 2005.
GERALDI, João Wanderley. Prática
da Leitura na
Escola. In:
GERALDI, J. W. (org.) O Texto na Sala de Aula. São Paulo: Ática, 1997, pp. 88-99.
MARASCHIN, Cleci e AXT,
Margarete. Acomplamento Tecnológico e Cognição. In: VIGNERON, Jacques e
OLIVEIRA, Vera Barros de (org). Sala de aula e Tecnologias. São Bernardo do
Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2005. pp. 39-51.
MORAIS, José. O QUE É LEITURA? In: A ARTE DE LER. São Paulo, UNESP,
1996, p. 110-114.
SARMENTO, Leila Lauar e TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de texto. São Paulo: Moderna. 2004.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Abreviaturas em língua portuguesa
Lista de algumas
abreviaturas:
A. = autor
aa. = assinados
(as)
a.C. = antes de
Cristo
a.D. = anno
Domini
Al. = Alameda
alm. = almirante
ap. = apartamento
asp. = aspirante
brig. = brigadeiro
btl. = batalhão
cap. = capitão
cap. = capítulo
caps. = capítulos
cav. = cavalaria
cel. = coronel
com. = comandante
d. - dom
d. - dona
D. - digno
d.C. - depois de Cristo
DD. - digníssimo
dec. - decreto
DL - Decreto-Lei
E. - editor
E - Este
EE. - editores
etc. - et cetera
fr. - frei
|
ib. - ibidem (no mesmo lugar)
id. - idem (o mesmo)
i.e. - id est (isto é)
mal. - marechal
mme. - madame
mr. - mister (senhor)
mrs. - mistress (senhora)
N. da R. - nota da redação
N. do A. - nota do autor
N. do E. - nota do editor
N. do T. - nota do tradutor
op. cit. - opus citatum (obra
citada)
pe. - padre
p. ex. - por exemplo
pg. - pago
profa. - professora
profas. - professoras
profs. - professores
P.S. - post scriptum (pós-escrito)
pt - ponto
R$ - Real
s/d - sem data
sécs. - séculos
seg. - seguinte
segs. - seguintes
Trav. - Travessa
V. – você. ®Sérgio.
|
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Expressões que causam confusões
Existem algumas expressões muito parecidas que possuem significados diferentes, causando confusão na hora de escrever. Vejamos algumas:
. Acerca de: sobre, a respeito de. Ex: Fala acerca de alguma coisa.
. A cerca de: a uma distância aproximada de. Ex: Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.
. Há cerca de: faz aproximadamente. Ex: Trabalha há cerca de cinco anos.
• Ao encontro de: a favor, para junto de. Ex: Ir ao encontro dos anseios do povo. Ir ao encontro dos familiares.
. De encontro a: contra. Ex: As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
• Ao invés de: ao contrário de (quando há termos que indicam oposição na frase).
Ex: Ao invés de protestar seu nome, dar-lhe-ei uma nova chance.
. Em vez de: em lugar de. Ex: Usei uma expressão em vez de outra.
• A par: ciente. Ex: Estou a par do assunto.
. Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem abatimentos (câmbio, ações, títulos etc.).
• À-toa (adjetivo): ordinário, imprestável. Ex: Ele é um à-toa.
. À toa (advérbio): sem rumo. Ex: Estava à toa na vida.
. Acerca de: sobre, a respeito de. Ex: Fala acerca de alguma coisa.
. A cerca de: a uma distância aproximada de. Ex: Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.
. Há cerca de: faz aproximadamente. Ex: Trabalha há cerca de cinco anos.
• Ao encontro de: a favor, para junto de. Ex: Ir ao encontro dos anseios do povo. Ir ao encontro dos familiares.
. De encontro a: contra. Ex: As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
• Ao invés de: ao contrário de (quando há termos que indicam oposição na frase).
Ex: Ao invés de protestar seu nome, dar-lhe-ei uma nova chance.
. Em vez de: em lugar de. Ex: Usei uma expressão em vez de outra.
• A par: ciente. Ex: Estou a par do assunto.
. Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem abatimentos (câmbio, ações, títulos etc.).
• À-toa (adjetivo): ordinário, imprestável. Ex: Ele é um à-toa.
. À toa (advérbio): sem rumo. Ex: Estava à toa na vida.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Fonética
FONEMAS
Nossa primeira parada na viagem pela língua portuguesa será na FONÉTICA. Vamos, portanto, conhecer os sons dos fonemas (letras) e das palavras.
Os FONEMAS dividem-se em:
1. Vogais: são os fonemas que passam livremente pela nossa boca, chegando ao exterior sem fazer ruído. É indispensável para a formação da sílaba.
Nossas vogais: a, é, ê, i, ó, ô, u.
2. Semivogais: são os fonemas i e u com som mais fraco, que se unem a uma vogal numa mesma sílaba.
Ex: Á-gua; ou-ro; na-dei.
3. Consoantes: são os ruídos resultantes da resistência do ar provocada por nossa língua, dentes e lábios quando pronunciamos esses fonemas, que somente formam sílabas com a presença de vogais.
O alfabeto brasileiro possui 26 letras:
a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
LEMBRE-SE!
• O mesmo fonema (som) pode ser representado por letras diferentes.
Ex: CaSa/CoZinha; CaÇa/miSSa.
• Um só fonema pode ser representado por um conjunto de duas letras.
Ex: CHave; CaRRo.
• Existem letras que não representam fonemas.
Ex: DiSciplina; Homem.
• A mesma letra pode ser representada por fonemas (sons) diferentes.
Ex: Xis/êXito; Coroa/Cidade.
As VOGAIS são classificadas da seguinte forma:
Orais: a, é, ê, i, ó, ô, u. Ressoam apenas na boca;
Nasais: ã, ~e, ~i, õ, ~u. Ressoam nas fossas nasais (pão, bem, sim, nunca);
Tônicas: são as que falamos com maior intensidade (tapa, vida, medo);
Subtônicas: são as que falamos com intensidade média (cafezinho, calmamente);
Átonas: são as que falamos com menor intensidade (lição, mudou, ele);
Abertas: a, é, ó;
Fechadas: todas as nasais são fechadas, mais as vogais ê, ô, i, u;
Reduzidas: são reduzidas, todas as vogais átonas nasais ou orais.
• ENCONTROS VOCÁLICOS
Há três tipos de encontros vocálicos:
1. Ditongo
Os ditongos são o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal com uma semivogal (ou vice-versa).
Ex: a-teu; ca-sou.
Os ditongos podem ser:
Orais. Ex: pai;
Nasais. Ex: mãe.
Decrescentes (vogal + semivogal). Ex: he-rói.
Crescentes (semivogal + vogal). Ex: á-gua.
2. Tritongo
É o encontro de uma semivogal + uma vogal + uma semivogal na mesma sílaba. Eles podem ser:
Orais. Ex: a-ve-ri-guou.
Nasais. Ex: sa-guão. (neste caso o “o” é uma semivogal, pois tem som de “u”)
3. Hiato
É o encontro de duas vogais na mesma palavra, porém, em sílabas diferentes. Ex: la-go-a, sa-í-da.
• ENCONTROS CONSONANTAIS
É o encontro de duas ou mais consoantes, com sons diferentes, numa mesma palavra. Podem ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas separadas. Ex: credo (cre-do), apto (ap-to).
• DÍGRAFOS
É o encontro de duas letras (consoante ou vogal) representadas por apenas um fonema (som). Ex: chapéu, banho, guia.
Encontramos os dígrafos nasais em palavras que contenham: am, em, im, om, um, an, en, in, on, un.
No entanto, quando am e em aparecem no fim das palavras, não são dígrafos e sim ditongos nasais.
Ex: canta (dígrafo nasal); gente (dígrafo nasal); cantam (ditongo nasal, pois o “am” tem som de “ãu”); também (ditongo nasal, pois o “em” tem som de “ein”).
SÍLABAS
Sílaba é o fonema ou o grupo de fonemas emitidos num só impulso sonoro (numa só expiração). É necessária pelo menos uma vogal para que se forme uma sílaba. Seria bem difícil pronunciar as palavras sem a ajuda das vogais. Vamos tentar...
Tente pronuncia a palavra TRABALHO sem as vogais. Ficaria assim: Tr-B-LH.
Difícil, não? Então, para tornar viável a comunicação na língua portuguesa, a vogal é necessária, em todas as sílabas.
As palavras possuem uma classificação quanto ao número de sílabas. São elas:
1. Monossílabas – são as palavras que têm apenas uma sílaba. Ex: nó.
2. Dissílabas – são as palavras que têm duas sílabas. Ex: cai-xa.
3. Trissílabas – são as palavras que têm três sílabas. Ex: ti-jo-lo.
4. Polissílabas – são as palavras que têm mais de três sílabas. Ex: ca-ri-da-de.
• ACENTO TÔNICO
A sílaba tônica é aquela pronunciada mais forte. As palavras que possuem mais de uma sílaba são classificadas, quanto ao acento tônico, em:
1. Oxítonas – quando a última sílaba é pronunciada mais forte. Ex: Tau-ba-té.
2. Paroxítonas – quando a penúltima sílaba é pronunciada mais forte. Ex: me-sa.
3. Proparoxítonas – quando a antepenúltima sílaba é pronunciada mais forte.
Ex: má-xi-mo.
Nossa primeira parada na viagem pela língua portuguesa será na FONÉTICA. Vamos, portanto, conhecer os sons dos fonemas (letras) e das palavras.
Os FONEMAS dividem-se em:
1. Vogais: são os fonemas que passam livremente pela nossa boca, chegando ao exterior sem fazer ruído. É indispensável para a formação da sílaba.
Nossas vogais: a, é, ê, i, ó, ô, u.
2. Semivogais: são os fonemas i e u com som mais fraco, que se unem a uma vogal numa mesma sílaba.
Ex: Á-gua; ou-ro; na-dei.
3. Consoantes: são os ruídos resultantes da resistência do ar provocada por nossa língua, dentes e lábios quando pronunciamos esses fonemas, que somente formam sílabas com a presença de vogais.
O alfabeto brasileiro possui 26 letras:
a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
LEMBRE-SE!
• O mesmo fonema (som) pode ser representado por letras diferentes.
Ex: CaSa/CoZinha; CaÇa/miSSa.
• Um só fonema pode ser representado por um conjunto de duas letras.
Ex: CHave; CaRRo.
• Existem letras que não representam fonemas.
Ex: DiSciplina; Homem.
• A mesma letra pode ser representada por fonemas (sons) diferentes.
Ex: Xis/êXito; Coroa/Cidade.
As VOGAIS são classificadas da seguinte forma:
Orais: a, é, ê, i, ó, ô, u. Ressoam apenas na boca;
Nasais: ã, ~e, ~i, õ, ~u. Ressoam nas fossas nasais (pão, bem, sim, nunca);
Tônicas: são as que falamos com maior intensidade (tapa, vida, medo);
Subtônicas: são as que falamos com intensidade média (cafezinho, calmamente);
Átonas: são as que falamos com menor intensidade (lição, mudou, ele);
Abertas: a, é, ó;
Fechadas: todas as nasais são fechadas, mais as vogais ê, ô, i, u;
Reduzidas: são reduzidas, todas as vogais átonas nasais ou orais.
• ENCONTROS VOCÁLICOS
Há três tipos de encontros vocálicos:
1. Ditongo
Os ditongos são o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal com uma semivogal (ou vice-versa).
Ex: a-teu; ca-sou.
Os ditongos podem ser:
Orais. Ex: pai;
Nasais. Ex: mãe.
Decrescentes (vogal + semivogal). Ex: he-rói.
Crescentes (semivogal + vogal). Ex: á-gua.
2. Tritongo
É o encontro de uma semivogal + uma vogal + uma semivogal na mesma sílaba. Eles podem ser:
Orais. Ex: a-ve-ri-guou.
Nasais. Ex: sa-guão. (neste caso o “o” é uma semivogal, pois tem som de “u”)
3. Hiato
É o encontro de duas vogais na mesma palavra, porém, em sílabas diferentes. Ex: la-go-a, sa-í-da.
• ENCONTROS CONSONANTAIS
É o encontro de duas ou mais consoantes, com sons diferentes, numa mesma palavra. Podem ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas separadas. Ex: credo (cre-do), apto (ap-to).
• DÍGRAFOS
É o encontro de duas letras (consoante ou vogal) representadas por apenas um fonema (som). Ex: chapéu, banho, guia.
Encontramos os dígrafos nasais em palavras que contenham: am, em, im, om, um, an, en, in, on, un.
No entanto, quando am e em aparecem no fim das palavras, não são dígrafos e sim ditongos nasais.
Ex: canta (dígrafo nasal); gente (dígrafo nasal); cantam (ditongo nasal, pois o “am” tem som de “ãu”); também (ditongo nasal, pois o “em” tem som de “ein”).
SÍLABAS
Sílaba é o fonema ou o grupo de fonemas emitidos num só impulso sonoro (numa só expiração). É necessária pelo menos uma vogal para que se forme uma sílaba. Seria bem difícil pronunciar as palavras sem a ajuda das vogais. Vamos tentar...
Tente pronuncia a palavra TRABALHO sem as vogais. Ficaria assim: Tr-B-LH.
Difícil, não? Então, para tornar viável a comunicação na língua portuguesa, a vogal é necessária, em todas as sílabas.
As palavras possuem uma classificação quanto ao número de sílabas. São elas:
1. Monossílabas – são as palavras que têm apenas uma sílaba. Ex: nó.
2. Dissílabas – são as palavras que têm duas sílabas. Ex: cai-xa.
3. Trissílabas – são as palavras que têm três sílabas. Ex: ti-jo-lo.
4. Polissílabas – são as palavras que têm mais de três sílabas. Ex: ca-ri-da-de.
• ACENTO TÔNICO
A sílaba tônica é aquela pronunciada mais forte. As palavras que possuem mais de uma sílaba são classificadas, quanto ao acento tônico, em:
1. Oxítonas – quando a última sílaba é pronunciada mais forte. Ex: Tau-ba-té.
2. Paroxítonas – quando a penúltima sílaba é pronunciada mais forte. Ex: me-sa.
3. Proparoxítonas – quando a antepenúltima sílaba é pronunciada mais forte.
Ex: má-xi-mo.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Pesquisa na Escola: Marcos Bagno
Tânia Aparecida Neves Barth
28/05/2008
Reflexões sobre o livro “Pesquisa na Escola” do autor Marcos Bagno:
Marcos Bagno, com seu texto de fácil leitura, está prestando um importante serviço ao professor. Muitos professores, e me incluo nesta situação, ficam meio “perdidos” na hora de solicitar aos alunos que façam um trabalho de pesquisa sobre determinado tema. Acabamos por esquecer que os alunos do ensino fundamental e médio não sabem exatamente como se faz uma pesquisa. O esquema apresentado por ele é prático e simples. Considero um projeto realista.
Apesar do pouco tempo que temos para mediar um extenso conteúdo aos alunos, acho importantíssimo o trabalho de pesquisa. Acredito que o aproveitamento é muito maior do que a simples explicação das matérias. Durante a pesquisa, o aluno passa a perceber todo o contexto do assunto em pauta. O projeto é viável, desde que o professor seja organizado, pois certamente terá que acompanhar e orientar cada etapa da pesquisa, e não devemos esquecer que cada professor tem, em média, de 35 a 40 alunos por turma. Porém, depois da primeira pesquisa, os alunos já estarão familiarizados com esse esquema e terão mais facilidade em montar o projeto. O que achei difícil de ser feito na prática é o modelo de cronograma apresentado na página 42. Nem todos conseguirão seguir o cronograma proposto e acredito que acabe gerando ansiedade e frustração. Como disse, são poucas horas-aula para o professor passar o conteúdo do programa de ensino e orientar o trabalho de pesquisa. Eu dividiria a orientação em três tempos: 1) Inicial (levantamento das fontes); 2) Redação do texto e 3) Apresentação.
A simbologia do personagem da mitologia grega Procusto reside na intolerância. Sua relação com o sistema educacional tradicional é o autoritarismo. Na educação tradicional, o professor é soberano e detentor de todo o conhecimento, cabendo ao aluno, como parte passiva da relação, absorver tais informações e conhecimentos, sem levantar questionamentos. Os conteúdos programados para as escolas públicas, historicamente atendem a interesses políticos. O Estado determina o que será ensinado aos alunos, principalmente no que diz respeito à história do país, educação social e cívica, além das outras disciplinas. Desta forma, a educação tradicional, como afirmava Carl Marx, atende aos interesses das classes dominantes. Hoje podemos dizer que em algumas escolas públicas há professores que buscam algo além de informar. Procuram, através de suas aulas, formar cidadãos conscientes, que desenvolvam um olhar crítico sobre a sociedade na qual que vivem.
Marcos Bagno coloca a dificuldade que é para o professor ensinar o uso correto da crase. Realmente, não é fácil ensinar as regras do uso e do não-uso da crase. Digo isso porque, coincidentemente, estou ensinando essa matéria para meus alunos do ensino médio. Sua sugestão de dinâmica para ensinar como se deve usar a crase é muito boa e, acredito, eficiente. O fato de o professor usar a literatura para contextualizar o ensino da gramática me parece ser estimulante aos alunos.
Marcos Bagno consegue, com sua linguagem simples, tornar a leitura prazerosa. O mais importante é que ele é prático, ou seja, seu livro pode ser considerado um manual de ajuda ao professor que, pelo grande número de alunos, provas e trabalhos a serem corrigidos, acomoda-se um pouco no que diz respeito à dinâmica de ensino. Acaba por seguir padrões clássicos para ensinar a gramática, o que explica o fato de que a matéria Língua Portuguesa, apesar de tratar de algo que utilizamos no dia-a-dia, cause pavor a muitos alunos.
28/05/2008
Reflexões sobre o livro “Pesquisa na Escola” do autor Marcos Bagno:
Marcos Bagno, com seu texto de fácil leitura, está prestando um importante serviço ao professor. Muitos professores, e me incluo nesta situação, ficam meio “perdidos” na hora de solicitar aos alunos que façam um trabalho de pesquisa sobre determinado tema. Acabamos por esquecer que os alunos do ensino fundamental e médio não sabem exatamente como se faz uma pesquisa. O esquema apresentado por ele é prático e simples. Considero um projeto realista.
Apesar do pouco tempo que temos para mediar um extenso conteúdo aos alunos, acho importantíssimo o trabalho de pesquisa. Acredito que o aproveitamento é muito maior do que a simples explicação das matérias. Durante a pesquisa, o aluno passa a perceber todo o contexto do assunto em pauta. O projeto é viável, desde que o professor seja organizado, pois certamente terá que acompanhar e orientar cada etapa da pesquisa, e não devemos esquecer que cada professor tem, em média, de 35 a 40 alunos por turma. Porém, depois da primeira pesquisa, os alunos já estarão familiarizados com esse esquema e terão mais facilidade em montar o projeto. O que achei difícil de ser feito na prática é o modelo de cronograma apresentado na página 42. Nem todos conseguirão seguir o cronograma proposto e acredito que acabe gerando ansiedade e frustração. Como disse, são poucas horas-aula para o professor passar o conteúdo do programa de ensino e orientar o trabalho de pesquisa. Eu dividiria a orientação em três tempos: 1) Inicial (levantamento das fontes); 2) Redação do texto e 3) Apresentação.
A simbologia do personagem da mitologia grega Procusto reside na intolerância. Sua relação com o sistema educacional tradicional é o autoritarismo. Na educação tradicional, o professor é soberano e detentor de todo o conhecimento, cabendo ao aluno, como parte passiva da relação, absorver tais informações e conhecimentos, sem levantar questionamentos. Os conteúdos programados para as escolas públicas, historicamente atendem a interesses políticos. O Estado determina o que será ensinado aos alunos, principalmente no que diz respeito à história do país, educação social e cívica, além das outras disciplinas. Desta forma, a educação tradicional, como afirmava Carl Marx, atende aos interesses das classes dominantes. Hoje podemos dizer que em algumas escolas públicas há professores que buscam algo além de informar. Procuram, através de suas aulas, formar cidadãos conscientes, que desenvolvam um olhar crítico sobre a sociedade na qual que vivem.
Marcos Bagno coloca a dificuldade que é para o professor ensinar o uso correto da crase. Realmente, não é fácil ensinar as regras do uso e do não-uso da crase. Digo isso porque, coincidentemente, estou ensinando essa matéria para meus alunos do ensino médio. Sua sugestão de dinâmica para ensinar como se deve usar a crase é muito boa e, acredito, eficiente. O fato de o professor usar a literatura para contextualizar o ensino da gramática me parece ser estimulante aos alunos.
Marcos Bagno consegue, com sua linguagem simples, tornar a leitura prazerosa. O mais importante é que ele é prático, ou seja, seu livro pode ser considerado um manual de ajuda ao professor que, pelo grande número de alunos, provas e trabalhos a serem corrigidos, acomoda-se um pouco no que diz respeito à dinâmica de ensino. Acaba por seguir padrões clássicos para ensinar a gramática, o que explica o fato de que a matéria Língua Portuguesa, apesar de tratar de algo que utilizamos no dia-a-dia, cause pavor a muitos alunos.
Fonética e Fonologia
Tânia Aparecida Neves Barth
14/05/2008
A fonética é a ciência que estuda os sons do ponto de vista físico, concentrando-se nos mecanismos do corpo humano que estão envolvidos na produção dos sons. A fonologia estuda os sons do ponto de vista funcional, ou seja, as formas de expressão e seu papel no sistema lingüístico.
O processo de Codificação acontece a partir do momento que o falante tem o objetivo de transmitir uma mensagem. Para tanto, ele utiliza-se do aparelho fonador, que através do ar atmosférico, chega ao “alvo”, ou seja, o receptor. Resumindo, o ser humano que quer exprimir algo através da fala, utiliza-se de seu aparelho fonador, que codifica a informação a ser transmitida em determinados padrões de ondas sonoras.
Tais ondas sonoras, transmitidas pelo falante, são conduzidas através do ar atmosférico e chegam ao aparelho auditivo do ouvinte, que ao captar os sons, os convertem em atividade nervosa, que é levada ao cérebro e decodifica a mensagem. Este processo é chamado de Decodificação.
O fator de distingue a linguagem humana dos demais sistemas simbólicos é a capacidade de segmentação da própria linguagem em unidades menores, que possuem um número finito para as diferentes línguas. Tais segmentações podem ser re-combinadas com o objetivo de se expressar diferentes idéias.
O que chamamos comumente de aparelho fonador é, na verdade, um conjunto de partes do corpo, relacionadas aos aparelhos digestivo e respiratório, utilizadas para a produção de sons. O aparelho fonador não tem, portanto, o objetivo específico de fabricar vogais e consoantes ou outras funções fonológicas. Os órgãos utilizados
Os fonemas são representados por sinais gráficos, denominados “letras” que, juntas, formam o “alfabeto”. No entanto, ocorre que nem sempre um fonema corresponde a uma só letra, pois o sistema ortográfico não é apenas fonético, mas está ligado às origens das palavras, como por exemplo, o latim. O fonema, além de poder ser representado por letras diferentes, também pode ser representado por duas letras, como no caso dos dígrafos. A letras “X” pode representar simultaneamente dois fonemas diferentes e há as letras que não representam fonemas, são notações léxicas ou simplesmente decorativas.
O órgão do aparelho fonador responsável pela produção dos fonemas surdos ou sonoros é a Glote.
Uma sílaba necessita basicamente de uma vogal para que seja formada, pois as consoantes e as semivogais são fonemas dependentes, ou seja, só podem formar sílaba com o concurso de vogais.
• Fonemas: As menores unidades sonoras da fala que, articulados e combinados, formam as sílabas, os vocábulos e as frases;
• Letra: Letra é o sinal gráfico que representa o som;
• Vogal: Fonema sonoro que chega livremente ao exterior, sem fazer ruído;
• Semivogal: São os fonemas (i) e (u) átonos que se unem a uma vogal, formando com esta uma sílaba;
• Consoante: São ruídos resultantes da resistência que os órgãos bucais opõem à corrente de ar.
A fonética ocupa-se do estudo dos sons enquanto entidades físico-articulatórias isoladas e a fonologia os estuda como elementos que integram um sistema lingüístico determinado. Os sons estudados pela fonética e pela fonologia são chamados de fonemas, que podem ser definidos como as menores unidades sonoras da fala. Um conjunto de órgãos relacionados aos aparelhos respiratório e digestivo é utilizado para se produzir os sons, sendo assim chamado de aparelho fonador. Os fonemas sonoros que chegam livremente ao exterior do aparelho fonador, sem fazer ruído, são chamados de vogais e os ruídos resultantes da resistência que os órgãos bucais opõem à corrente de ar são chamados de consoantes.
14/05/2008
A fonética é a ciência que estuda os sons do ponto de vista físico, concentrando-se nos mecanismos do corpo humano que estão envolvidos na produção dos sons. A fonologia estuda os sons do ponto de vista funcional, ou seja, as formas de expressão e seu papel no sistema lingüístico.
O processo de Codificação acontece a partir do momento que o falante tem o objetivo de transmitir uma mensagem. Para tanto, ele utiliza-se do aparelho fonador, que através do ar atmosférico, chega ao “alvo”, ou seja, o receptor. Resumindo, o ser humano que quer exprimir algo através da fala, utiliza-se de seu aparelho fonador, que codifica a informação a ser transmitida em determinados padrões de ondas sonoras.
Tais ondas sonoras, transmitidas pelo falante, são conduzidas através do ar atmosférico e chegam ao aparelho auditivo do ouvinte, que ao captar os sons, os convertem em atividade nervosa, que é levada ao cérebro e decodifica a mensagem. Este processo é chamado de Decodificação.
O fator de distingue a linguagem humana dos demais sistemas simbólicos é a capacidade de segmentação da própria linguagem em unidades menores, que possuem um número finito para as diferentes línguas. Tais segmentações podem ser re-combinadas com o objetivo de se expressar diferentes idéias.
O que chamamos comumente de aparelho fonador é, na verdade, um conjunto de partes do corpo, relacionadas aos aparelhos digestivo e respiratório, utilizadas para a produção de sons. O aparelho fonador não tem, portanto, o objetivo específico de fabricar vogais e consoantes ou outras funções fonológicas. Os órgãos utilizados
Os fonemas são representados por sinais gráficos, denominados “letras” que, juntas, formam o “alfabeto”. No entanto, ocorre que nem sempre um fonema corresponde a uma só letra, pois o sistema ortográfico não é apenas fonético, mas está ligado às origens das palavras, como por exemplo, o latim. O fonema, além de poder ser representado por letras diferentes, também pode ser representado por duas letras, como no caso dos dígrafos. A letras “X” pode representar simultaneamente dois fonemas diferentes e há as letras que não representam fonemas, são notações léxicas ou simplesmente decorativas.
O órgão do aparelho fonador responsável pela produção dos fonemas surdos ou sonoros é a Glote.
Uma sílaba necessita basicamente de uma vogal para que seja formada, pois as consoantes e as semivogais são fonemas dependentes, ou seja, só podem formar sílaba com o concurso de vogais.
• Fonemas: As menores unidades sonoras da fala que, articulados e combinados, formam as sílabas, os vocábulos e as frases;
• Letra: Letra é o sinal gráfico que representa o som;
• Vogal: Fonema sonoro que chega livremente ao exterior, sem fazer ruído;
• Semivogal: São os fonemas (i) e (u) átonos que se unem a uma vogal, formando com esta uma sílaba;
• Consoante: São ruídos resultantes da resistência que os órgãos bucais opõem à corrente de ar.
A fonética ocupa-se do estudo dos sons enquanto entidades físico-articulatórias isoladas e a fonologia os estuda como elementos que integram um sistema lingüístico determinado. Os sons estudados pela fonética e pela fonologia são chamados de fonemas, que podem ser definidos como as menores unidades sonoras da fala. Um conjunto de órgãos relacionados aos aparelhos respiratório e digestivo é utilizado para se produzir os sons, sendo assim chamado de aparelho fonador. Os fonemas sonoros que chegam livremente ao exterior do aparelho fonador, sem fazer ruído, são chamados de vogais e os ruídos resultantes da resistência que os órgãos bucais opõem à corrente de ar são chamados de consoantes.
Labov X Bernstein
Tânia Aparecida Neves Barth
04/06/2008
As idéias centrais das teorias de Bernstein e Labov são antagônicas. O sociólogo inglês Bernstein defendia, em meados de 1960, a idéia da existência de um déficit lingüístico nas classes trabalhadoras, devido a seu contexto social. Sua teoria sofreu algumas modificações, o que pode ter causado alguma distorção no entendimento de sua verdadeira posição. O fato é que, por volta de 1970, quando publicou seu último trabalho, suas concepções iniciais permaneciam presentes em seu contexto. Bernstein estudou a linguagem oral baseando-se em pesquisas que analisavam duas classes sociais: A classe média e a trabalhadora. Para ele, a criança de classe média utiliza a linguagem elaborada, ou seja, uma estrutura gramatical complexa e precisa, enquanto a criança de classe popular utiliza a linguagem restrita, ou seja, estruturas gramaticalmente simples, por vezes incompletas.
Para o sociólogo, este fato se dá em conseqüência do contexto familiar das duas classes sociais: enquanto a mães de classe média usam mais intensamente a linguagem na socialização dos filhos, levando a criança a transcender o contexto, orientando-a para significações universalistas, as mães de classe popular usam uma linguagem de forma lacônica na socialização do filho, sendo a criança orientada para significações particularistas, estreitamente ligadas ao contexto.
Willian Labov, sociólogo americano contemporâneo de Bernstein, publicou, também em meados de 1960, um estudo que ia de encontro à pesquisa do sociólogo inglês. Em seu trabalho, Labov critica veementemente a teoria de Bernstein, que ele chama de “teoria da privação lingüística”. Para o estudioso americano, as dificuldades lingüísticas atribuídas às classes sociais populares são provocadas pela própria escola e pela sociedade em geral. Segundo sua teoria, as crianças das classes desfavorecidas dispõem de um vocabulário básico exatamente igual ao de qualquer outra criança, possuem a mesma capacidade para a aprendizagem conceitual e para o pensamento lógico.
Sobre as pesquisas realizadas por Bernstein, Labov aponta falhas na metodologia, pois, segundo ele, as crianças de classes populares eram submetidas a ambientes artificiais, perdendo sua espontaneidade e sentindo-se estranhas diante de um pesquisador de classe chamada “superior”, com o qual não se identificavam. Já a criança de classe média, acostumada ao ambiente e pertencente ao mesmo nível social do pesquisador, certamente, sentia-se mais à vontade no ambiente de pesquisa.
Labov usa em seus estudos um pesquisador negro, da mesma origem social das crianças entrevistadas e transforma a pesquisa numa conversa informal, fazendo com que os falantes se sintam à vontade, interagindo livremente com o adulto.
Desta forma, Labov apresenta um resultado de suas pesquisas totalmente contrário ao trabalho apresentado por Bernstein. Segundo ele, os falantes das classes populares raciocinam e discutem com mais eficiência que os pertencentes às de classe média, pois os mesmos contemporizam e “perdem-se num excesso de detalhes irrelevantes”. O dialeto popular, segundo o sociólogo americano, é “direto, econômico e preciso”, além de coerente, sendo o das classes médias, exuberante verbalmente, mais dissimulando que esclarecendo o pensamento, que se perde nas palavras.
04/06/2008
As idéias centrais das teorias de Bernstein e Labov são antagônicas. O sociólogo inglês Bernstein defendia, em meados de 1960, a idéia da existência de um déficit lingüístico nas classes trabalhadoras, devido a seu contexto social. Sua teoria sofreu algumas modificações, o que pode ter causado alguma distorção no entendimento de sua verdadeira posição. O fato é que, por volta de 1970, quando publicou seu último trabalho, suas concepções iniciais permaneciam presentes em seu contexto. Bernstein estudou a linguagem oral baseando-se em pesquisas que analisavam duas classes sociais: A classe média e a trabalhadora. Para ele, a criança de classe média utiliza a linguagem elaborada, ou seja, uma estrutura gramatical complexa e precisa, enquanto a criança de classe popular utiliza a linguagem restrita, ou seja, estruturas gramaticalmente simples, por vezes incompletas.
Para o sociólogo, este fato se dá em conseqüência do contexto familiar das duas classes sociais: enquanto a mães de classe média usam mais intensamente a linguagem na socialização dos filhos, levando a criança a transcender o contexto, orientando-a para significações universalistas, as mães de classe popular usam uma linguagem de forma lacônica na socialização do filho, sendo a criança orientada para significações particularistas, estreitamente ligadas ao contexto.
Willian Labov, sociólogo americano contemporâneo de Bernstein, publicou, também em meados de 1960, um estudo que ia de encontro à pesquisa do sociólogo inglês. Em seu trabalho, Labov critica veementemente a teoria de Bernstein, que ele chama de “teoria da privação lingüística”. Para o estudioso americano, as dificuldades lingüísticas atribuídas às classes sociais populares são provocadas pela própria escola e pela sociedade em geral. Segundo sua teoria, as crianças das classes desfavorecidas dispõem de um vocabulário básico exatamente igual ao de qualquer outra criança, possuem a mesma capacidade para a aprendizagem conceitual e para o pensamento lógico.
Sobre as pesquisas realizadas por Bernstein, Labov aponta falhas na metodologia, pois, segundo ele, as crianças de classes populares eram submetidas a ambientes artificiais, perdendo sua espontaneidade e sentindo-se estranhas diante de um pesquisador de classe chamada “superior”, com o qual não se identificavam. Já a criança de classe média, acostumada ao ambiente e pertencente ao mesmo nível social do pesquisador, certamente, sentia-se mais à vontade no ambiente de pesquisa.
Labov usa em seus estudos um pesquisador negro, da mesma origem social das crianças entrevistadas e transforma a pesquisa numa conversa informal, fazendo com que os falantes se sintam à vontade, interagindo livremente com o adulto.
Desta forma, Labov apresenta um resultado de suas pesquisas totalmente contrário ao trabalho apresentado por Bernstein. Segundo ele, os falantes das classes populares raciocinam e discutem com mais eficiência que os pertencentes às de classe média, pois os mesmos contemporizam e “perdem-se num excesso de detalhes irrelevantes”. O dialeto popular, segundo o sociólogo americano, é “direto, econômico e preciso”, além de coerente, sendo o das classes médias, exuberante verbalmente, mais dissimulando que esclarecendo o pensamento, que se perde nas palavras.
O que é Sociolinguística? E Sociologia da Educação?
Tânia Aparecida Neves Barth
16/04/2008
Definição de Sociolingüística:
Sociolingüística é a ciência que estuda a língua da perspectiva de sua estreita ligação com a sociedade onde se origina.
Definição de Sociologia da Educação:
A Sociologia da Educação é a vertente da Sociologia que estuda a realidade sócio-educacional.
As diferenças entre Sociolingüística e Sociologia da Educação:
A Sociologia da Educação nos permite a compreensão sobre a educação dentro do contexto de uma sociedade, que, por sua vez, também resulta da educação. Desta forma, a Sociologia da Educação caracteriza-se pelo estudo da inter-relação: ser humano/sociedade/educação, tendo em vista as diferentes teorias sociológicas.
Os fundadores da Sociologia da Educação foram Émille Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como “Educação e Sociologia”, “A Evolução Pedagógica na França” e “Educação Moral”. Segundo Émile Durkheim: “a educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social”, tendo por finalidade “suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine”. (Durkheim, 1955: 32)
Já para a Sociolingüística, a língua cria-se e transforma-se em função do contexto sócio-histórico. Para a sociolingüística, a língua existe enquanto interação social, criando-se e transformando-se em função do contexto sócio-histórico. Existem três termos importantes no estudo da Sociolingüística:
1. Variedade: O dialeto, ou “variante geolinguística” é a forma como uma língua é falada numa região específica. Dentro de cada variedade lingüística, há variação interna em função dos vários critérios: idade, sexo, escolaridade, etc.
2. Variante: Este termo é utilizado na Sociolingüística para designar o item lingüístico que é alvo de mudança, representando as formas possíveis de realização daquele ítem.
3. Variável - A variável é o traço, forma ou construção lingüística, que apresenta variantes observadas pelo pesquisador.
Os estudos da sociolingüística podem ter alcances diversos, dependendo dos seus objetivos. Pode descrever a fala da cidade de Nova York, de uma comunidade do Rio de Janeiro, dos estudantes de direito ou dos surfistas. Ao estudar qualquer comunidade lingüística, constata-se imediatamente a existência de diversidades ou da variação. Toda comunidade se caracteriza pelo emprego de diferentes modos de falar – variedades lingüísticas.
16/04/2008
Definição de Sociolingüística:
Sociolingüística é a ciência que estuda a língua da perspectiva de sua estreita ligação com a sociedade onde se origina.
Definição de Sociologia da Educação:
A Sociologia da Educação é a vertente da Sociologia que estuda a realidade sócio-educacional.
As diferenças entre Sociolingüística e Sociologia da Educação:
A Sociologia da Educação nos permite a compreensão sobre a educação dentro do contexto de uma sociedade, que, por sua vez, também resulta da educação. Desta forma, a Sociologia da Educação caracteriza-se pelo estudo da inter-relação: ser humano/sociedade/educação, tendo em vista as diferentes teorias sociológicas.
Os fundadores da Sociologia da Educação foram Émille Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como “Educação e Sociologia”, “A Evolução Pedagógica na França” e “Educação Moral”. Segundo Émile Durkheim: “a educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social”, tendo por finalidade “suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine”. (Durkheim, 1955: 32)
Já para a Sociolingüística, a língua cria-se e transforma-se em função do contexto sócio-histórico. Para a sociolingüística, a língua existe enquanto interação social, criando-se e transformando-se em função do contexto sócio-histórico. Existem três termos importantes no estudo da Sociolingüística:
1. Variedade: O dialeto, ou “variante geolinguística” é a forma como uma língua é falada numa região específica. Dentro de cada variedade lingüística, há variação interna em função dos vários critérios: idade, sexo, escolaridade, etc.
2. Variante: Este termo é utilizado na Sociolingüística para designar o item lingüístico que é alvo de mudança, representando as formas possíveis de realização daquele ítem.
3. Variável - A variável é o traço, forma ou construção lingüística, que apresenta variantes observadas pelo pesquisador.
Os estudos da sociolingüística podem ter alcances diversos, dependendo dos seus objetivos. Pode descrever a fala da cidade de Nova York, de uma comunidade do Rio de Janeiro, dos estudantes de direito ou dos surfistas. Ao estudar qualquer comunidade lingüística, constata-se imediatamente a existência de diversidades ou da variação. Toda comunidade se caracteriza pelo emprego de diferentes modos de falar – variedades lingüísticas.
Oratória e Retórica
ORATÓRIA E RETÓRICA
Tânia A. Neves Barth
do Lat. Oratoria s. f., arte de falar ao público.
Oratória é a arte de falar em público em tempo real. Para tanto, o discurso deve ser bem redigido, planejado e bem emitido. O orador tem a finalidade não só de se fazer entender, mas de conquistar a atenção e a credibilidade do público ouvinte. Para tanto, o orador deve ficar atento à sua aparência, ao tom de voz, ao uso correto das regras gramaticais do idioma em que o tema será exposto, à dicção, volume e qualidade de voz. É importante também ao orador fazer uso dos recursos de entonação e gesticulação, para que o discurso não se torne enfadonho, fazendo com que o orador perca a atenção do público.
Retórica do Lat. rhetorica < Gr. rhetoriké
s.f., arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloquência; tratado que expõe essas regras; discurso brilhante de forma, mas pobre de ideias; fala empolada; (no pl. ) palavreado farfalhudo, pretensioso.
A história da retórica teve seu início por volta de 485 a.C.. Dois tiranos sicilianos, Gelão e Hierão, efetuaram deportações, transferências de população e expropriações, para povoar Siracusa e lotear os mercenários, no entanto foram depostos e quiseram voltar à situação anterior, fazendo surgir então, inúmeros processos de direito de propriedade. Tais processos eram realizados através de grandes júris populares, diante dos quais era necessário que se fosse eloqüente para os convencer. Os primeiros professores de retórica fôram Empédocles de Agrigento, Corax (o primeiro a cobrar por suas lições), e Tísias, sendo desenvolvida pelos sofistas Górgias e Protágoras. "Rector" era a palavra grega que significava "orador", o político. No início a retórica era apenas um conjunto de técnicas de bem falar e de persuasão para serem usadas nas discussões públicas. Os sofistas utilizavam a retórica com o objetivo da persuasão, ou seja, convencer os ouvintes da justeza de suas posições de orador, no entanto Aristóteles foi o primeiro a expor uma teoria da argumentação, procurando um meio caminho entre Platão e os Sofistas, encarando a Retórica como uma arte que visava descobrir os meios de persuasão possíveis para os vários argumentos, com o objetivo de obter uma comunicação mais eficaz para o Saber. Partindo deste princípio, a retórica do professor em sala de aula é fundamental para que o conteúdo das disciplinas ministradas seja assimilado pelos alunos. Uma das formas de desenvolver a oratória em sala de aula é a utilização da apresentação de imagens que, usada com parcimônia, como ilustração do tema, enriquece o discurso e abre espaço para um “brain storming”, onde cada aluno é livre para expressar sua opinião, sem medo de reprovações. Outra opção é o debate orientado, que pode ser utilizado após o orador expor o tema, quando os alunos apresentam seus pontos de vista e falam pró ou contra uma determinada proposição. Quando o grupo de alunos é muito grande, pode-se valer da “Dinâmica de Grupo”.Esta técnica consiste em dividir um grupo grande em diversas equipes, que discutem os problemas já assinalados anteriormente, com o propósito de expor a conclusão dessa discussão ao grupo maior. A parábola também pode ser utilizada pelo professor para deter a atenção dos alunos, criando a associação do tema exposto, contando-se uma história para que se extraia dela ensinamentos que possam ilustrar outra situação. Estas são algumas das técnicas que um orador pode utilizar para tornar sua retórica mais interessante e interativa, devendo evitar-se a preleção, onde o orador limita-se a fazer seu discurso diante da platéia, pois numa sala de aula, freqüentemente a preleção provoca desinteresse dos alunos, dispersão e pouca retenção do assunto exposto.
Tânia A. Neves Barth
do Lat. Oratoria s. f., arte de falar ao público.
Oratória é a arte de falar em público em tempo real. Para tanto, o discurso deve ser bem redigido, planejado e bem emitido. O orador tem a finalidade não só de se fazer entender, mas de conquistar a atenção e a credibilidade do público ouvinte. Para tanto, o orador deve ficar atento à sua aparência, ao tom de voz, ao uso correto das regras gramaticais do idioma em que o tema será exposto, à dicção, volume e qualidade de voz. É importante também ao orador fazer uso dos recursos de entonação e gesticulação, para que o discurso não se torne enfadonho, fazendo com que o orador perca a atenção do público.
Retórica do Lat. rhetorica < Gr. rhetoriké
s.f., arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloquência; tratado que expõe essas regras; discurso brilhante de forma, mas pobre de ideias; fala empolada; (no pl. ) palavreado farfalhudo, pretensioso.
A história da retórica teve seu início por volta de 485 a.C.. Dois tiranos sicilianos, Gelão e Hierão, efetuaram deportações, transferências de população e expropriações, para povoar Siracusa e lotear os mercenários, no entanto foram depostos e quiseram voltar à situação anterior, fazendo surgir então, inúmeros processos de direito de propriedade. Tais processos eram realizados através de grandes júris populares, diante dos quais era necessário que se fosse eloqüente para os convencer. Os primeiros professores de retórica fôram Empédocles de Agrigento, Corax (o primeiro a cobrar por suas lições), e Tísias, sendo desenvolvida pelos sofistas Górgias e Protágoras. "Rector" era a palavra grega que significava "orador", o político. No início a retórica era apenas um conjunto de técnicas de bem falar e de persuasão para serem usadas nas discussões públicas. Os sofistas utilizavam a retórica com o objetivo da persuasão, ou seja, convencer os ouvintes da justeza de suas posições de orador, no entanto Aristóteles foi o primeiro a expor uma teoria da argumentação, procurando um meio caminho entre Platão e os Sofistas, encarando a Retórica como uma arte que visava descobrir os meios de persuasão possíveis para os vários argumentos, com o objetivo de obter uma comunicação mais eficaz para o Saber. Partindo deste princípio, a retórica do professor em sala de aula é fundamental para que o conteúdo das disciplinas ministradas seja assimilado pelos alunos. Uma das formas de desenvolver a oratória em sala de aula é a utilização da apresentação de imagens que, usada com parcimônia, como ilustração do tema, enriquece o discurso e abre espaço para um “brain storming”, onde cada aluno é livre para expressar sua opinião, sem medo de reprovações. Outra opção é o debate orientado, que pode ser utilizado após o orador expor o tema, quando os alunos apresentam seus pontos de vista e falam pró ou contra uma determinada proposição. Quando o grupo de alunos é muito grande, pode-se valer da “Dinâmica de Grupo”.Esta técnica consiste em dividir um grupo grande em diversas equipes, que discutem os problemas já assinalados anteriormente, com o propósito de expor a conclusão dessa discussão ao grupo maior. A parábola também pode ser utilizada pelo professor para deter a atenção dos alunos, criando a associação do tema exposto, contando-se uma história para que se extraia dela ensinamentos que possam ilustrar outra situação. Estas são algumas das técnicas que um orador pode utilizar para tornar sua retórica mais interessante e interativa, devendo evitar-se a preleção, onde o orador limita-se a fazer seu discurso diante da platéia, pois numa sala de aula, freqüentemente a preleção provoca desinteresse dos alunos, dispersão e pouca retenção do assunto exposto.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Expressões populares do Nordeste
Algumas expressões populares típicas do Nordeste:
a torto e a direito- indiscriminadamente;
abestado – bobo, abestalhado;
aboletar-se – instalar-se;
acocho –aperto, arrocho;
amofinado – aborrecido, infeliz;
aperreado – nervoso, preocupado;
arretado – irritado ou então algo muito bom;
assim ou assado – de uma maneira ou de outra;
assobiar e chupar cana- fazer duas coisas ao mesmo tempo;
atanazar – aborrecer, importunar;
atirar pedra em casa de marimbondo- mexer com quem está quieto e se arriscar;
bagunçar o coreto – anarquizar, cometer desordem;
balela – boato, conversa fiada;
bater o facho – morrer;
berloque – pingente, enfeite;
birinaite – bebida alcoólica;
bisaco – saco, sacola;
botar as barbas de molho – tomar as devidas precauções;
brocoió – medíocre, caipira;
bugigangas – coisas sem valor;
cabreiro – desconfiado;
cachete – comprimidos, pílulas;
cafua – depósito, lugar pequeno;
cafundó – lugar muito longe;
cascavilhar – procurar, investigar;
chamaril – coisa para chamar a atenção;
chinfrim – coisa ordinária;
cutucar o cão com vara curta – mexer com quem está quieto e se arriscar;
deforete – tomar uma brisa, ao ar livre;
degringolar – desordenar, desorganizar, algo que dar errado;
derna – desde
destambocar – tirar pedaço;
destrambelhada – desajustada metal;
empeiticar – importunar;
empiriquitado – enfeitado;
encangado – junto, pregado;
espoletado – danado da vida, com raiva;
estrambólico – extravagante, esquisito;
faniquito – desmaio, chilique;
fiofó – traseiro;
fuleiro – sem muito valor, ordinário;
fulustreco – fulano;
fuzuê – barulho, confusão;
gaitada – risada estridente, gargalhada;
gastura – incômodo, mal-estar;
goga – contar vantagem, vaidade;
guenzo – magro, esquelético;
inhaca – mau cheiro, catinga, fedor;
inté – até logo;
jururu – triste, pensativa;
labrugento ou lambugento – serviço malfeito;
lambança – desordem, barulho;
levar gato por lebre – ser enganado, logrado;
levar desaforo pra casa – acovardar-se, não reagir;
macambúzio – tristonho, pensativo;
malamanhado – desarrumado;
manzanza – preguiça, demora;
mundiça – gente sem educação;
nadica – nada;
nopró – indivíduo difícil;
nos trinques – nos conformes;
oião – curioso, enxerido;
onde o diabo perdeu as botas – lugar ermo, distante;
pantim – exageros, espantos;
peba – coisa ordinária;
peitica – insistência incômoda;
pendenga – assunto por acabar;
penduricalho – enfeite;
pé-rapado – pobretão;
pinicar – beliscar;
pinóia – expressão de aborrecimento;
piripaque – passar mal;
potoca – mentira;
rabiçaca – sacudidela, movimento;
salceiro – barulho, confusão;
samboque – pedaço;
sorumbático – tristonho, pensativo;
sustança – força, vigor;
trepeça – algo que não serve pra nada;
virar defundo – morrer;
virar o copo – ingerir bebida alcoólica;
a torto e a direito- indiscriminadamente;
abestado – bobo, abestalhado;
aboletar-se – instalar-se;
acocho –aperto, arrocho;
amofinado – aborrecido, infeliz;
aperreado – nervoso, preocupado;
arretado – irritado ou então algo muito bom;
assim ou assado – de uma maneira ou de outra;
assobiar e chupar cana- fazer duas coisas ao mesmo tempo;
atanazar – aborrecer, importunar;
atirar pedra em casa de marimbondo- mexer com quem está quieto e se arriscar;
bagunçar o coreto – anarquizar, cometer desordem;
balela – boato, conversa fiada;
bater o facho – morrer;
berloque – pingente, enfeite;
birinaite – bebida alcoólica;
bisaco – saco, sacola;
botar as barbas de molho – tomar as devidas precauções;
brocoió – medíocre, caipira;
bugigangas – coisas sem valor;
cabreiro – desconfiado;
cachete – comprimidos, pílulas;
cafua – depósito, lugar pequeno;
cafundó – lugar muito longe;
cascavilhar – procurar, investigar;
chamaril – coisa para chamar a atenção;
chinfrim – coisa ordinária;
cutucar o cão com vara curta – mexer com quem está quieto e se arriscar;
deforete – tomar uma brisa, ao ar livre;
degringolar – desordenar, desorganizar, algo que dar errado;
derna – desde
destambocar – tirar pedaço;
destrambelhada – desajustada metal;
empeiticar – importunar;
empiriquitado – enfeitado;
encangado – junto, pregado;
espoletado – danado da vida, com raiva;
estrambólico – extravagante, esquisito;
faniquito – desmaio, chilique;
fiofó – traseiro;
fuleiro – sem muito valor, ordinário;
fulustreco – fulano;
fuzuê – barulho, confusão;
gaitada – risada estridente, gargalhada;
gastura – incômodo, mal-estar;
goga – contar vantagem, vaidade;
guenzo – magro, esquelético;
inhaca – mau cheiro, catinga, fedor;
inté – até logo;
jururu – triste, pensativa;
labrugento ou lambugento – serviço malfeito;
lambança – desordem, barulho;
levar gato por lebre – ser enganado, logrado;
levar desaforo pra casa – acovardar-se, não reagir;
macambúzio – tristonho, pensativo;
malamanhado – desarrumado;
manzanza – preguiça, demora;
mundiça – gente sem educação;
nadica – nada;
nopró – indivíduo difícil;
nos trinques – nos conformes;
oião – curioso, enxerido;
onde o diabo perdeu as botas – lugar ermo, distante;
pantim – exageros, espantos;
peba – coisa ordinária;
peitica – insistência incômoda;
pendenga – assunto por acabar;
penduricalho – enfeite;
pé-rapado – pobretão;
pinicar – beliscar;
pinóia – expressão de aborrecimento;
piripaque – passar mal;
potoca – mentira;
rabiçaca – sacudidela, movimento;
salceiro – barulho, confusão;
samboque – pedaço;
sorumbático – tristonho, pensativo;
sustança – força, vigor;
trepeça – algo que não serve pra nada;
virar defundo – morrer;
virar o copo – ingerir bebida alcoólica;
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