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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O INFERNO MORNO DE DAN BROWN


Firenze é uma cidade muito, muito especial. Digo que aqui é minha segunda casa. A primeira fica em Florianópolis. Fico um tanto cá, um tanto lá. Sou uma pessoa realmente privilegiada, não? O “centro stòrico” de Firenze é uma constante festa, com muita gente bonita e elegante circulando o tempo todo, um (bom) músico em cada esquina e lojas simplesmente irresistíveis. Além disso tudo, é o berço da arte e da cultura italiana. Se você aprecia museus de tirar o fôlego, bibliotecas incríveis e concertos maravilhosos, aqui é o paraíso. É simplesmente impossível encontrar um lugar feio em Firenze. Pode-se entender por que esta cidade é o cenário perfeito para produções de peso, como o videoclipe “Turn Up the Radio” da Madonna (2012) - que pude acompanhar, pois já morava aqui na época -, entre tantas outras.
Neste ano, acompanhei o lançamento do filme “Inferno”, baseado no livro de Dan Brown e rodado em Firenze, Veneza e uma pequena parte em Stambul. O lançamento mundial foi aqui mesmo, em Firenze, no dia 8 deste mês, com a presença dos protagonistas, do diretor Ron Howard e do próprio Dan Brown. Foram quatro dias de festas “vip”, frisson de fãs e projeção do trailer sobre o famoso e lindo rio Arno, em frente à Ponte Vechio.

Não assisti à segunda produção, baseada no livro de Dan Brown, Anjos e Demônios, embora tivesse gostado de Código Da Vinci. Não acredito em séries no cinema. No entanto, envolvida pelo clamor do marketing que dominou Firenze nos últimos dias, resolvi gastar meus “ricos eurinhos” para conferir se o filme fazia jus. Aqui vão minhas impressões: “Inferno” é mais um filme comercial. Ponto. Cenários fantásticos, ótimos atores e roteiro que chega a ser infantil. Fórmula pronta e repetitiva, sem a mais pálida sombra de criatividade e verossimilhança. Para tentar compensar essa superficialidade, o filme é cheio de cenas surreais e muita ação, a ponto de ficar cansativo num determinado momento. Tom Hanks faz o que pode, mas, a despeito de seu inegável talento, desta vez o superinteligente e esperto professor Robert Langdon não desenvolve. Parece desgastado e patina numa relação estranha com a também estranha personagem de Felicity Jones. Esta parece totalmente sem utilidade na estória, não convence e não diz a que veio. Sua função fica clara somente no final do filme, e desaponta. Aliás, os outros três personagens centrais (interpretados por Irrfan Khan, Omar Sy e Sidse Knudsen) também são superficiais e decorativos. Parecem ter caído de paraquedas numa estória absurda e mal contada. A referência à obra de Dante Alighieri – Inferno, que inclusive dá nome ao filme, é outro ponto débil e parece ser apenas um artifício para catapultar o roteiro pífio a um nível um pouco mais elevado. O filme vale, como eu disse antes, apenas pelos cenários fantásticos. Os personagens nos levam ao interior de museus onde raramente podemos ter acesso, tanto de Firenze quanto de Veneza, ou seja, é um festival para os olhos. Fora isso, confesso que saí do cinema com a sensação de “Ah, então tá!”. Nada mais.

domingo, 1 de julho de 2012

terça-feira, 21 de julho de 2009

Mobile Movie

Há algum tempo passei a pesquisar e experimentar formas alternativas de produção de audiovisual. Produzi um clipe captando imagens com meu celular, depois passei a gravar algumas viagens de férias. Batizei de “Dicas de viagens”. Em viagens para o Chile, Argentina e New York, continuei minha saga de micro-produtora. Levei comigo uma filmadora Samsumg Mini-DV e intercalei imagens da filmadora e do celular. Essas ainda estão por editar. Em meu canal, no youtube, é possível assistir minhas produções.
Bem… essa história, na verdade, começou em São Paulo, há alguns anos, quando tive a oportunidade de produzir e apresentar meu próprio programa de TV, veiculado pelo Canal 21, da Rede Bandeirantes de Televisão. O nome do programa era “Pra Lá de Bom” e a linha editorial era de cultura e entretenimento. Uma maravilha, eu adorava fazer esse trabalho!
Minha experiência até então tinha sido no teatro. Eu já havia escrito algumas peças, produzido, dirigido e atuado. Muito bom o teatro, nos aproxima muito da humanidade, do que é verdadeiramente ser-humano. Nossas virtudes e fraquezas são esmiuçadas. Não é fácil para o ator, ou a atriz, incorporar uma personagem. A exposição é muito grande, temos nossos limites, que devem ser vencidos para que se abra espaço para outra vida. Essa outra vida nem sempre é bem-vinda pelo nosso inconsciente, nem sempre é facilmente aceita. A personagem pode ter valores opostos ao nosso, vivência distante da nossa, no entanto, temos que ceder, temos que nos submeter e permitir que aquela outra alma se aposse de nosso corpo. Esse trabalho tem uma magia que é difícil de explicar. Ser ator é despir-se em público, é dar a cara a bater, é aceitar humildemente todo tipo de julgamentos.
Voltando aos ”mobile-movies”, aí está o link para o curta que produzi, com alguns colegas. Foi numa oficina de Micro-Cinema do FAM (Festival de Audiovisual do Mercosul). O tema é uma reflexão sobre aqueles trabalhadores que são praticamente invisíveis para os passantes, porém, prestam serviços imprescindíveis para todos nós. Será que eles sentem-se invisíveis?
Assista ao curta e descubra, clique no link abaixo:
Curta Metragem – Invisíveis