FONEMAS
Nossa primeira parada na viagem pela língua portuguesa será na FONÉTICA. Vamos, portanto, conhecer os sons dos fonemas (letras) e das palavras.
Os FONEMAS dividem-se em:
1. Vogais: são os fonemas que passam livremente pela nossa boca, chegando ao exterior sem fazer ruído. É indispensável para a formação da sílaba.
Nossas vogais: a, é, ê, i, ó, ô, u.
2. Semivogais: são os fonemas i e u com som mais fraco, que se unem a uma vogal numa mesma sílaba.
Ex: Á-gua; ou-ro; na-dei.
3. Consoantes: são os ruídos resultantes da resistência do ar provocada por nossa língua, dentes e lábios quando pronunciamos esses fonemas, que somente formam sílabas com a presença de vogais.
O alfabeto brasileiro possui 26 letras:
a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
LEMBRE-SE!
• O mesmo fonema (som) pode ser representado por letras diferentes.
Ex: CaSa/CoZinha; CaÇa/miSSa.
• Um só fonema pode ser representado por um conjunto de duas letras.
Ex: CHave; CaRRo.
• Existem letras que não representam fonemas.
Ex: DiSciplina; Homem.
• A mesma letra pode ser representada por fonemas (sons) diferentes.
Ex: Xis/êXito; Coroa/Cidade.
As VOGAIS são classificadas da seguinte forma:
Orais: a, é, ê, i, ó, ô, u. Ressoam apenas na boca;
Nasais: ã, ~e, ~i, õ, ~u. Ressoam nas fossas nasais (pão, bem, sim, nunca);
Tônicas: são as que falamos com maior intensidade (tapa, vida, medo);
Subtônicas: são as que falamos com intensidade média (cafezinho, calmamente);
Átonas: são as que falamos com menor intensidade (lição, mudou, ele);
Abertas: a, é, ó;
Fechadas: todas as nasais são fechadas, mais as vogais ê, ô, i, u;
Reduzidas: são reduzidas, todas as vogais átonas nasais ou orais.
• ENCONTROS VOCÁLICOS
Há três tipos de encontros vocálicos:
1. Ditongo
Os ditongos são o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal com uma semivogal (ou vice-versa).
Ex: a-teu; ca-sou.
Os ditongos podem ser:
Orais. Ex: pai;
Nasais. Ex: mãe.
Decrescentes (vogal + semivogal). Ex: he-rói.
Crescentes (semivogal + vogal). Ex: á-gua.
2. Tritongo
É o encontro de uma semivogal + uma vogal + uma semivogal na mesma sílaba. Eles podem ser:
Orais. Ex: a-ve-ri-guou.
Nasais. Ex: sa-guão. (neste caso o “o” é uma semivogal, pois tem som de “u”)
3. Hiato
É o encontro de duas vogais na mesma palavra, porém, em sílabas diferentes. Ex: la-go-a, sa-í-da.
• ENCONTROS CONSONANTAIS
É o encontro de duas ou mais consoantes, com sons diferentes, numa mesma palavra. Podem ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas separadas. Ex: credo (cre-do), apto (ap-to).
• DÍGRAFOS
É o encontro de duas letras (consoante ou vogal) representadas por apenas um fonema (som). Ex: chapéu, banho, guia.
Encontramos os dígrafos nasais em palavras que contenham: am, em, im, om, um, an, en, in, on, un.
No entanto, quando am e em aparecem no fim das palavras, não são dígrafos e sim ditongos nasais.
Ex: canta (dígrafo nasal); gente (dígrafo nasal); cantam (ditongo nasal, pois o “am” tem som de “ãu”); também (ditongo nasal, pois o “em” tem som de “ein”).
SÍLABAS
Sílaba é o fonema ou o grupo de fonemas emitidos num só impulso sonoro (numa só expiração). É necessária pelo menos uma vogal para que se forme uma sílaba. Seria bem difícil pronunciar as palavras sem a ajuda das vogais. Vamos tentar...
Tente pronuncia a palavra TRABALHO sem as vogais. Ficaria assim: Tr-B-LH.
Difícil, não? Então, para tornar viável a comunicação na língua portuguesa, a vogal é necessária, em todas as sílabas.
As palavras possuem uma classificação quanto ao número de sílabas. São elas:
1. Monossílabas – são as palavras que têm apenas uma sílaba. Ex: nó.
2. Dissílabas – são as palavras que têm duas sílabas. Ex: cai-xa.
3. Trissílabas – são as palavras que têm três sílabas. Ex: ti-jo-lo.
4. Polissílabas – são as palavras que têm mais de três sílabas. Ex: ca-ri-da-de.
• ACENTO TÔNICO
A sílaba tônica é aquela pronunciada mais forte. As palavras que possuem mais de uma sílaba são classificadas, quanto ao acento tônico, em:
1. Oxítonas – quando a última sílaba é pronunciada mais forte. Ex: Tau-ba-té.
2. Paroxítonas – quando a penúltima sílaba é pronunciada mais forte. Ex: me-sa.
3. Proparoxítonas – quando a antepenúltima sílaba é pronunciada mais forte.
Ex: má-xi-mo.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
A leitura e o processo cognitivo
A LEITURA E O PROCESSO COGNITIVO
Tânia A Neves Barth
Resumo
Este trabalho tem como objetivo discutir a leitura e sua relação com o processo cognitivo, bem como os tipos de leitores e suas características. O trabalho apresenta um breve comentário sobre a definição de o que é leitura, a ciência cognitiva, sua relação com a leitura, os três tipos de leitores e suas características.
Palavras-chave: Leitura, cognição, ciência cognitiva, leitor imersivo, leitor contemplativo, leitor movente.
Abstract
This work has as objective discusses the reading and its relationship with the cognitive process, as well the types of readers and their characteristics. The work presents a brief comment about the definition of what is reading, the cognitive science and its relationship with the reading, the three types of readers and their characteristics.
Keywords: Reading, cognition, cognitive science, reader imersivo, thoughtful reader, reader movente.
1. Introdução
O ato de ler é reconhecidamente importante para a o amadurecimento intelectual, já que abre os horizontes e desenvolve o senso crítico do leitor. Mas, o que é leitura? José Morais (1996), afirma que ler nas entrelinhas, nos lábios ou na expressão facial do interlocutor não pode ser considerado uma forma de leitura, pois este processo de interpretação de sinais é definido como percepção. Para Morais, a leitura é indissociável da escrita, só havendo leitura quando há ou houve escrita. O ato de leitura implica na aquisição de informação, não na utilização ulterior da informação adquirida. Essa capacidade de entendimento, percepção, passa pelo processo cognitivo, ou seja, a atenção, a memória, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o discurso e o pensamento.
2. A ciência cognitiva
Segundo Morais (1996), quando uma criança aprende a ler, associa uma forma ortográfica a cada palavra, ou seja, à sua forma fonológica. Na aprendizagem da leitura, há a associação das significações de tais formas fonológicas. Torna-se possível, então, obter a significação a partir da forma ortográfica, sem mediação fonológica. Portanto, os processos específicos da leitura não são os de compreensão, mas os que levam à compreensão. A leitura do mundo precede a leitura da palavra escrita, já que a compreensão do que se lê implica as diferentes percepções de cada indivíduo no que se refere ao texto e ao contexto.
Nesse sentido, o estudo da ciência cognitiva traça um paralelo entre a mente e o cérebro, que é comparado ao paradigma computacional, ou seja, o funcionalismo. O funcionalismo defende a idéia de que os estados mentais que levam à percepção pessoal do objeto de leitura são estados físicos descritos de forma funcional. A neurociência cognitiva, resultado da mistura de neurociências e ciências cognitivas, visa a decifrar os caminhos que levam os elementos neuronais às atividades fisiológicas que resultam na compreensão, na percepção, ou seja, na cognição. Esta descoberta nos levaria a desvendar o mistério sobre o que leva uma mesma informação a ser percebida de formas tão distintas por indivíduos que possuem o mesmo nível intelectual. A construção de sentenças, representações de pensamentos, segue regras sintáticas para cumprir seu papel de comunicar. Estes símbolos, organizados sintaticamente, são comparados com o software de um computador, cujo sistema operacional tem, segundo os estudiosos da neurociência cognitiva, estreita relação com as atividades fisiológicas do cérebro no processo cognitivo. O internauta, leitor que tem a possibilidade de interagir e manipular a informação, de forma a selecionar apenas o que lhe interessa, foi classificado como: novato, leigo e experto. Essa classificação refere-se ao relacionamento de descoberta e entendimento das possibilidades de interagir e obter as informações no meio digital.
3. Os três tipos de leitores
“A performance de leitura é o grau de sucesso do ato de ler, a atividade é o conjunto de eventos que se passam no cérebro e no sistema cognitivo, bem como nos órgão sensoriais motores; os objetivos são a compreensão do texto escrito e/ou o alcance de uma impressão de beleza e a capacidade é a parte dos recursos mentais específicos da atividade de leitura, que mobilizamos ao ler.” (Morais, 1996, p. 110-114).
Para Nora (1997), o leitor da nova geração, aquele que já nasceu no mundo da comunicação instantânea, da realidade virtual, apresenta dificuldade para ler textos na íntegra, de praticar a reflexão. Desta forma, somente a leitura de livros, ou de textos lineares seriam considerados como verdadeiros objetos de leitura. No entanto, devemos admitir que há outros modos de ler, assim como há diferentes tipos de leitores. Segundo Flusser (1987), há três formas de leitura, correspondentes aos três perfis cognitivos: o sobrevoador apressado, o farejador desconfiado e o desdobrador cuidadoso. No primeiro caso, o leitor lê ao acaso, passando os olhos aos saltos, fazendo associações e adivinhando o contexto. Este seria, portanto, o leitor de jornais e revistas. Já o farejador desconfiado tenta, como um detetive, desvendar as intenções implícitas nos signos do texto, podendo ser caracterizado como o leitor de sinais, luzes e signos urbanos; e o desdobrador cuidadoso é o leitor crítico, ou seja, o leitor de livros.
Santaella (2004), define os três tipos de leitores como contemplativo, movente e imersivo. O leitor contemplativo (desdobrador cuidadoso) remete ao leitor de livros, crítico, que se relaciona com os signos sem pressa, permitindo-se retornar a um trecho já lido, meditar sobre ele. O leitor movente (sobrevoador apressado), é o homem moderno, que passou a viver em grandes centros urbanos, sempre apressado, cujo excesso de estímulos o levam a tornar-se um leitor fugaz. Com o advento da tecnologia e da linguagem virtual, surge o leitor imersivo, aquele que navega na leitura dinâmica, no que diz respeito ao seu modo de interagir com o suporte e com a informação ali contida. Suas características cognitivas, ainda pouco exploradas, sinalizam uma mudança no funcionamento de sua percepção e sensações cognitivas.
Conclusão
Os estudos a respeito da ciência cognitiva são bastante amplos e estão longe de terem chegado a um resultado conclusivo. Trata-se de um tema com várias vertentes e amplo leque de possibilidades. No entanto, o surgimento do computador possibilitou uma relação comparativa entre nosso sistema cerebral de caminhos para a percepção e o sistema logaritmo do mundo virtual. A relação do homem com sua forma de ler e entender os signos foi se modificando no decorrer do tempo, mas, embora novos tipos de leitores tenham surgido devido às transformações da vida moderna e ao aparecimento do computador, o leitor crítico, ou contemplativo, continua existindo, podendo ser ele também denominado como leitor imersivo. Ao contrário de todas as previsões e preconceitos, o mundo digital não provocou o desaparecimento do leitor crítico ou contemplativo, apenas fez surgir um novo modo de leitura e de relacionamento com o texto, onde as informações, embora estejam disponíveis e sempre à mão, assim como nos livros, podem ser manipuladas e selecionadas pelo leitor.
5. Referências
SANTAELLA, Lúcia. NAVEGAR NO CIBERESPAÇO. O perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo, Paulus, 2004.
FLUSSER, Vilém. In:________NAVEGAR NO CIBERESPAÇO. São Paulo, Paulus, 2004, p. 176.
MORAIS, José. O QUE É LEITURA? In: A ARTE DE LER. São Paulo, UNESP, 1996, p. 110-114.
Florianópolis, fevereiro de 2010.
Tânia A Neves Barth
Resumo
Este trabalho tem como objetivo discutir a leitura e sua relação com o processo cognitivo, bem como os tipos de leitores e suas características. O trabalho apresenta um breve comentário sobre a definição de o que é leitura, a ciência cognitiva, sua relação com a leitura, os três tipos de leitores e suas características.
Palavras-chave: Leitura, cognição, ciência cognitiva, leitor imersivo, leitor contemplativo, leitor movente.
Abstract
This work has as objective discusses the reading and its relationship with the cognitive process, as well the types of readers and their characteristics. The work presents a brief comment about the definition of what is reading, the cognitive science and its relationship with the reading, the three types of readers and their characteristics.
Keywords: Reading, cognition, cognitive science, reader imersivo, thoughtful reader, reader movente.
1. Introdução
O ato de ler é reconhecidamente importante para a o amadurecimento intelectual, já que abre os horizontes e desenvolve o senso crítico do leitor. Mas, o que é leitura? José Morais (1996), afirma que ler nas entrelinhas, nos lábios ou na expressão facial do interlocutor não pode ser considerado uma forma de leitura, pois este processo de interpretação de sinais é definido como percepção. Para Morais, a leitura é indissociável da escrita, só havendo leitura quando há ou houve escrita. O ato de leitura implica na aquisição de informação, não na utilização ulterior da informação adquirida. Essa capacidade de entendimento, percepção, passa pelo processo cognitivo, ou seja, a atenção, a memória, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o discurso e o pensamento.
2. A ciência cognitiva
Segundo Morais (1996), quando uma criança aprende a ler, associa uma forma ortográfica a cada palavra, ou seja, à sua forma fonológica. Na aprendizagem da leitura, há a associação das significações de tais formas fonológicas. Torna-se possível, então, obter a significação a partir da forma ortográfica, sem mediação fonológica. Portanto, os processos específicos da leitura não são os de compreensão, mas os que levam à compreensão. A leitura do mundo precede a leitura da palavra escrita, já que a compreensão do que se lê implica as diferentes percepções de cada indivíduo no que se refere ao texto e ao contexto.
Nesse sentido, o estudo da ciência cognitiva traça um paralelo entre a mente e o cérebro, que é comparado ao paradigma computacional, ou seja, o funcionalismo. O funcionalismo defende a idéia de que os estados mentais que levam à percepção pessoal do objeto de leitura são estados físicos descritos de forma funcional. A neurociência cognitiva, resultado da mistura de neurociências e ciências cognitivas, visa a decifrar os caminhos que levam os elementos neuronais às atividades fisiológicas que resultam na compreensão, na percepção, ou seja, na cognição. Esta descoberta nos levaria a desvendar o mistério sobre o que leva uma mesma informação a ser percebida de formas tão distintas por indivíduos que possuem o mesmo nível intelectual. A construção de sentenças, representações de pensamentos, segue regras sintáticas para cumprir seu papel de comunicar. Estes símbolos, organizados sintaticamente, são comparados com o software de um computador, cujo sistema operacional tem, segundo os estudiosos da neurociência cognitiva, estreita relação com as atividades fisiológicas do cérebro no processo cognitivo. O internauta, leitor que tem a possibilidade de interagir e manipular a informação, de forma a selecionar apenas o que lhe interessa, foi classificado como: novato, leigo e experto. Essa classificação refere-se ao relacionamento de descoberta e entendimento das possibilidades de interagir e obter as informações no meio digital.
3. Os três tipos de leitores
“A performance de leitura é o grau de sucesso do ato de ler, a atividade é o conjunto de eventos que se passam no cérebro e no sistema cognitivo, bem como nos órgão sensoriais motores; os objetivos são a compreensão do texto escrito e/ou o alcance de uma impressão de beleza e a capacidade é a parte dos recursos mentais específicos da atividade de leitura, que mobilizamos ao ler.” (Morais, 1996, p. 110-114).
Para Nora (1997), o leitor da nova geração, aquele que já nasceu no mundo da comunicação instantânea, da realidade virtual, apresenta dificuldade para ler textos na íntegra, de praticar a reflexão. Desta forma, somente a leitura de livros, ou de textos lineares seriam considerados como verdadeiros objetos de leitura. No entanto, devemos admitir que há outros modos de ler, assim como há diferentes tipos de leitores. Segundo Flusser (1987), há três formas de leitura, correspondentes aos três perfis cognitivos: o sobrevoador apressado, o farejador desconfiado e o desdobrador cuidadoso. No primeiro caso, o leitor lê ao acaso, passando os olhos aos saltos, fazendo associações e adivinhando o contexto. Este seria, portanto, o leitor de jornais e revistas. Já o farejador desconfiado tenta, como um detetive, desvendar as intenções implícitas nos signos do texto, podendo ser caracterizado como o leitor de sinais, luzes e signos urbanos; e o desdobrador cuidadoso é o leitor crítico, ou seja, o leitor de livros.
Santaella (2004), define os três tipos de leitores como contemplativo, movente e imersivo. O leitor contemplativo (desdobrador cuidadoso) remete ao leitor de livros, crítico, que se relaciona com os signos sem pressa, permitindo-se retornar a um trecho já lido, meditar sobre ele. O leitor movente (sobrevoador apressado), é o homem moderno, que passou a viver em grandes centros urbanos, sempre apressado, cujo excesso de estímulos o levam a tornar-se um leitor fugaz. Com o advento da tecnologia e da linguagem virtual, surge o leitor imersivo, aquele que navega na leitura dinâmica, no que diz respeito ao seu modo de interagir com o suporte e com a informação ali contida. Suas características cognitivas, ainda pouco exploradas, sinalizam uma mudança no funcionamento de sua percepção e sensações cognitivas.
Conclusão
Os estudos a respeito da ciência cognitiva são bastante amplos e estão longe de terem chegado a um resultado conclusivo. Trata-se de um tema com várias vertentes e amplo leque de possibilidades. No entanto, o surgimento do computador possibilitou uma relação comparativa entre nosso sistema cerebral de caminhos para a percepção e o sistema logaritmo do mundo virtual. A relação do homem com sua forma de ler e entender os signos foi se modificando no decorrer do tempo, mas, embora novos tipos de leitores tenham surgido devido às transformações da vida moderna e ao aparecimento do computador, o leitor crítico, ou contemplativo, continua existindo, podendo ser ele também denominado como leitor imersivo. Ao contrário de todas as previsões e preconceitos, o mundo digital não provocou o desaparecimento do leitor crítico ou contemplativo, apenas fez surgir um novo modo de leitura e de relacionamento com o texto, onde as informações, embora estejam disponíveis e sempre à mão, assim como nos livros, podem ser manipuladas e selecionadas pelo leitor.
5. Referências
SANTAELLA, Lúcia. NAVEGAR NO CIBERESPAÇO. O perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo, Paulus, 2004.
FLUSSER, Vilém. In:________NAVEGAR NO CIBERESPAÇO. São Paulo, Paulus, 2004, p. 176.
MORAIS, José. O QUE É LEITURA? In: A ARTE DE LER. São Paulo, UNESP, 1996, p. 110-114.
Florianópolis, fevereiro de 2010.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Comercial do Meu Cantinho
Este comercial foi criado e produzido por mim, com uma verba baixíssima. Fiz o melhor que pude, creio que o resultado foi satisfatório. E a voz do comercial.... advinhe de quem é?... O comercial foi exibido pelas TVs Record, Band e RBS de Florianópolis.
Brinde que ajuda a educar
As empresas modernas otimizam seus investimentos em marketing. Oferecer brindes educativos ou engajados aos clientes é uma ótima forma de ligar a marca da empresa à responsabilidade social. Criei, para a Churrascaria Meu Cantinho, o livro para colorir cuja história fala sobre a preservação do meio ambiente. O livro foi oferecido às crianças no Dia da Criança. A criação foi feita por mim, o livro foi impresso com papel reciclado e a história é de minha autoria. No livro, deixei espaços para que as crianças fizessem suas próprias ilustrações. Desta forma, as crianças interagem com o presente, e mais que isso: levam o brinde para avós, tios e outros, pois o mesmo possui desenhos feitos por eles. Resumindo, o brinde não se perde alguns minutos depois de ser entregue, é educativo e manuseado por várias pessoas.
Brinde do Bem
Criei esse brinde para o Dia dos Pais. É um kit de Risque-Rabisque, bloco de rascunhos e agenda. Tudo feito com material reciclado e produzido por pessoas com necessidades especiais, da COEPAD (Cooperativa Social de Pais, Amigos e Portadores de Necessidades Especiais). Desta forma, ajudamos a Cooperativa e oferecemos um presente bonito, de bom gosto e que será utilizado por um bom tempo, fazendo com que a marca da empresa esteja presente no dia a dia do cliente de uma forma positiva.
A Arte de Ler: José Morais
Tânia Ap. Neves Barth
15/04/2008
RESUMO DO TEXTO: “O QUE É LEITURA?”
MORAIS, José. O QUE É LEITURA? In: A ARTE DE LER. São Paulo, UNESP, 1996, p. 110-114.
Estabelece uma definição sobre o que é leitura. Questiona a afirmação de que ler nas entrelinhas, nos lábios, ou na expressão do interlocutor possa ser considerada leitura. O processo de interpretação dos sinais sensoriais é definido como “percepção”, o que não pode ser identificado como leitura. A leitura é indissociável da escrita, só havendo leitura quando há ou houve escrita. Portanto, quando se lê nas entrelinhas há a interpretação de intenção, cuja habilidade reside na compreensão da linguagem falada, ou no comportamento gestual. O ato de leitura implica a aquisição de informação, não a utilização ulterior da informação adquirida. A performance de leitura é o grau de sucesso do ato de ler, a atividade é o conjunto de eventos que se passam no cérebro e no sistema cognitivo, bem como nos órgão sensoriais motores; os objetivos são a compreensão do texto escrito e/ou o alcance de uma impressão de beleza e a capacidade é a parte dos recursos mentais específicos da atividade de leitura, que mobilizamos ao ler. Quando uma criança aprende a ler, associa uma forma ortográfica a cada palavra, ou seja, à sua forma fonológica. No curso da aprendizagem da leitura, há a associação das significações de tais formas fonológicas. Torna-se possível, então, obter a significação a partir da forma ortográfica, sem mediação fonológica. Conclui que a leitura não atinge seu objetivo sem compreensão; no entanto, os processos específicos da leitura não são os de compreensão, mas os que levam à compreensão.
15/04/2008
RESUMO DO TEXTO: “O QUE É LEITURA?”
MORAIS, José. O QUE É LEITURA? In: A ARTE DE LER. São Paulo, UNESP, 1996, p. 110-114.
Estabelece uma definição sobre o que é leitura. Questiona a afirmação de que ler nas entrelinhas, nos lábios, ou na expressão do interlocutor possa ser considerada leitura. O processo de interpretação dos sinais sensoriais é definido como “percepção”, o que não pode ser identificado como leitura. A leitura é indissociável da escrita, só havendo leitura quando há ou houve escrita. Portanto, quando se lê nas entrelinhas há a interpretação de intenção, cuja habilidade reside na compreensão da linguagem falada, ou no comportamento gestual. O ato de leitura implica a aquisição de informação, não a utilização ulterior da informação adquirida. A performance de leitura é o grau de sucesso do ato de ler, a atividade é o conjunto de eventos que se passam no cérebro e no sistema cognitivo, bem como nos órgão sensoriais motores; os objetivos são a compreensão do texto escrito e/ou o alcance de uma impressão de beleza e a capacidade é a parte dos recursos mentais específicos da atividade de leitura, que mobilizamos ao ler. Quando uma criança aprende a ler, associa uma forma ortográfica a cada palavra, ou seja, à sua forma fonológica. No curso da aprendizagem da leitura, há a associação das significações de tais formas fonológicas. Torna-se possível, então, obter a significação a partir da forma ortográfica, sem mediação fonológica. Conclui que a leitura não atinge seu objetivo sem compreensão; no entanto, os processos específicos da leitura não são os de compreensão, mas os que levam à compreensão.
Pesquisa na Escola: Marcos Bagno
Tânia Aparecida Neves Barth
28/05/2008
Reflexões sobre o livro “Pesquisa na Escola” do autor Marcos Bagno:
Marcos Bagno, com seu texto de fácil leitura, está prestando um importante serviço ao professor. Muitos professores, e me incluo nesta situação, ficam meio “perdidos” na hora de solicitar aos alunos que façam um trabalho de pesquisa sobre determinado tema. Acabamos por esquecer que os alunos do ensino fundamental e médio não sabem exatamente como se faz uma pesquisa. O esquema apresentado por ele é prático e simples. Considero um projeto realista.
Apesar do pouco tempo que temos para mediar um extenso conteúdo aos alunos, acho importantíssimo o trabalho de pesquisa. Acredito que o aproveitamento é muito maior do que a simples explicação das matérias. Durante a pesquisa, o aluno passa a perceber todo o contexto do assunto em pauta. O projeto é viável, desde que o professor seja organizado, pois certamente terá que acompanhar e orientar cada etapa da pesquisa, e não devemos esquecer que cada professor tem, em média, de 35 a 40 alunos por turma. Porém, depois da primeira pesquisa, os alunos já estarão familiarizados com esse esquema e terão mais facilidade em montar o projeto. O que achei difícil de ser feito na prática é o modelo de cronograma apresentado na página 42. Nem todos conseguirão seguir o cronograma proposto e acredito que acabe gerando ansiedade e frustração. Como disse, são poucas horas-aula para o professor passar o conteúdo do programa de ensino e orientar o trabalho de pesquisa. Eu dividiria a orientação em três tempos: 1) Inicial (levantamento das fontes); 2) Redação do texto e 3) Apresentação.
A simbologia do personagem da mitologia grega Procusto reside na intolerância. Sua relação com o sistema educacional tradicional é o autoritarismo. Na educação tradicional, o professor é soberano e detentor de todo o conhecimento, cabendo ao aluno, como parte passiva da relação, absorver tais informações e conhecimentos, sem levantar questionamentos. Os conteúdos programados para as escolas públicas, historicamente atendem a interesses políticos. O Estado determina o que será ensinado aos alunos, principalmente no que diz respeito à história do país, educação social e cívica, além das outras disciplinas. Desta forma, a educação tradicional, como afirmava Carl Marx, atende aos interesses das classes dominantes. Hoje podemos dizer que em algumas escolas públicas há professores que buscam algo além de informar. Procuram, através de suas aulas, formar cidadãos conscientes, que desenvolvam um olhar crítico sobre a sociedade na qual que vivem.
Marcos Bagno coloca a dificuldade que é para o professor ensinar o uso correto da crase. Realmente, não é fácil ensinar as regras do uso e do não-uso da crase. Digo isso porque, coincidentemente, estou ensinando essa matéria para meus alunos do ensino médio. Sua sugestão de dinâmica para ensinar como se deve usar a crase é muito boa e, acredito, eficiente. O fato de o professor usar a literatura para contextualizar o ensino da gramática me parece ser estimulante aos alunos.
Marcos Bagno consegue, com sua linguagem simples, tornar a leitura prazerosa. O mais importante é que ele é prático, ou seja, seu livro pode ser considerado um manual de ajuda ao professor que, pelo grande número de alunos, provas e trabalhos a serem corrigidos, acomoda-se um pouco no que diz respeito à dinâmica de ensino. Acaba por seguir padrões clássicos para ensinar a gramática, o que explica o fato de que a matéria Língua Portuguesa, apesar de tratar de algo que utilizamos no dia-a-dia, cause pavor a muitos alunos.
28/05/2008
Reflexões sobre o livro “Pesquisa na Escola” do autor Marcos Bagno:
Marcos Bagno, com seu texto de fácil leitura, está prestando um importante serviço ao professor. Muitos professores, e me incluo nesta situação, ficam meio “perdidos” na hora de solicitar aos alunos que façam um trabalho de pesquisa sobre determinado tema. Acabamos por esquecer que os alunos do ensino fundamental e médio não sabem exatamente como se faz uma pesquisa. O esquema apresentado por ele é prático e simples. Considero um projeto realista.
Apesar do pouco tempo que temos para mediar um extenso conteúdo aos alunos, acho importantíssimo o trabalho de pesquisa. Acredito que o aproveitamento é muito maior do que a simples explicação das matérias. Durante a pesquisa, o aluno passa a perceber todo o contexto do assunto em pauta. O projeto é viável, desde que o professor seja organizado, pois certamente terá que acompanhar e orientar cada etapa da pesquisa, e não devemos esquecer que cada professor tem, em média, de 35 a 40 alunos por turma. Porém, depois da primeira pesquisa, os alunos já estarão familiarizados com esse esquema e terão mais facilidade em montar o projeto. O que achei difícil de ser feito na prática é o modelo de cronograma apresentado na página 42. Nem todos conseguirão seguir o cronograma proposto e acredito que acabe gerando ansiedade e frustração. Como disse, são poucas horas-aula para o professor passar o conteúdo do programa de ensino e orientar o trabalho de pesquisa. Eu dividiria a orientação em três tempos: 1) Inicial (levantamento das fontes); 2) Redação do texto e 3) Apresentação.
A simbologia do personagem da mitologia grega Procusto reside na intolerância. Sua relação com o sistema educacional tradicional é o autoritarismo. Na educação tradicional, o professor é soberano e detentor de todo o conhecimento, cabendo ao aluno, como parte passiva da relação, absorver tais informações e conhecimentos, sem levantar questionamentos. Os conteúdos programados para as escolas públicas, historicamente atendem a interesses políticos. O Estado determina o que será ensinado aos alunos, principalmente no que diz respeito à história do país, educação social e cívica, além das outras disciplinas. Desta forma, a educação tradicional, como afirmava Carl Marx, atende aos interesses das classes dominantes. Hoje podemos dizer que em algumas escolas públicas há professores que buscam algo além de informar. Procuram, através de suas aulas, formar cidadãos conscientes, que desenvolvam um olhar crítico sobre a sociedade na qual que vivem.
Marcos Bagno coloca a dificuldade que é para o professor ensinar o uso correto da crase. Realmente, não é fácil ensinar as regras do uso e do não-uso da crase. Digo isso porque, coincidentemente, estou ensinando essa matéria para meus alunos do ensino médio. Sua sugestão de dinâmica para ensinar como se deve usar a crase é muito boa e, acredito, eficiente. O fato de o professor usar a literatura para contextualizar o ensino da gramática me parece ser estimulante aos alunos.
Marcos Bagno consegue, com sua linguagem simples, tornar a leitura prazerosa. O mais importante é que ele é prático, ou seja, seu livro pode ser considerado um manual de ajuda ao professor que, pelo grande número de alunos, provas e trabalhos a serem corrigidos, acomoda-se um pouco no que diz respeito à dinâmica de ensino. Acaba por seguir padrões clássicos para ensinar a gramática, o que explica o fato de que a matéria Língua Portuguesa, apesar de tratar de algo que utilizamos no dia-a-dia, cause pavor a muitos alunos.
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